O Blog do Caique vem denunciando há semanas o curto intervalo de tempo entre o internamento dos conquistenses e suas mortes. Nesta quinta-feira (23), quando mais uma vez explode o número de contaminados e de mortos, 90 e 04, respectivamente, um dado chamou a atenção. No boletim redigido pelos jornalistas da Secretaria de Comunicação, um dado fundamental e que é padrão ser divulgado em todos os óbitos, foi omitido nas informações sobre o 42º óbito.
A data em que um “homem de 78 anos, morador do bairro, portador de doença cardiovascular” começou a ser acompanhado pela Secretaria de Saúde em seu “atendimento domiciliar privado” foi omitida. Seria um mero descuido ou proposital?
O boletim diz que o senhor “apresentou piora do quadro de saúde, sendo atendido pelo SAMU 192 e encaminhado para o Pronto Atendimento da Unimed, onde veio a óbito no dia 22 de julho”
Se a informação sobre a data do início do tratamento não foi passada pela Unimed, caberia à Secretaria de Saúde obter e se foi passada e não publicada, também é errado.
Confira a íntegra do texto da Secom:
“42º óbito – Homem de 78 anos, morador do bairro, portador de doença cardiovascular; estava em atendimento domiciliar privado e apresentou piora do quadro de saúde, sendo atendido pelo SAMU 192 e encaminhado para o Pronto Atendimento da Unimed, onde veio a óbito no dia 22 de julho.”
O número de mortes em pouco tempo de internação continua a crescer em Vitória da Conquista. Nesta quinta-feria (23), o ‘novo normal’ da cidade voltou a ser a quantidade absurda de mortos em um mesmo dia, 03 pais e mães de família, moradores da Terra das Rosas, que não devem ser as únicas a chorarem pela tragédia.
Ontem, quarta-feira, 22, foram outras 03 almas. Na terça-feira (21), mais 2 pessoas e no último final de semana (sábado e domingo), 8. Em 6 dias, 17 enterros em que os familiares e amigos não podem se despedir de forma honrosa e digna como mereciam as vítimas.