Em uma entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (14) os delegados Marcus Vinícius de Moraes, da DHPP e Fabiano Aurich, coordenador da 10ª Coorpin, revelaram detalhes da verdadeira motivação para o brutal assassinato do estudante de odontologia e motorista de aplicativo Hiago Evangelista Freitas, 24 anos.
A Polícia Civil fez questão de frisar que Hiago não era traficante de drogas, como veiculado em grupos de whatsapp.
“Segundo as investigações, a vítima teria tentado um envolvimento com uma mulher, que tem seu companheiro preso no conjunto penal. A partir do momento que esse preso soube disso, ele determinou a morte e a subtração dos bens da vítima”, disse o Marcus Vinícius de Moraes, da DHPP.
O delegado disse que o relacionamento não chegou a acontecer e que foi a própria mulher do detento que informou ao namorado que Hiago estaria tentando ter um caso com ela. Hiago a levava sempre para visitar o companheiro que está preso. Tanto a mulher quanto o mandante do crime já foram identificados.
REQUINTES DE CRUELDADE NA TORTURA E MORTE DE HIAGO
De acordo com o delegado, a ordem partiu do traficante, que ainda solicitou dos assassinos o máximo de crueldade, para que Hiago sofresse. O jovem foi morto a facadas, teve uma perna arrancada e foi queimado ainda vivo. Os algozes relataram que a vítima implorou por sua vida. Informações não confirmadas pela polícia, dão conta de que os olhos de Hiago teriam sido furados. A intenção dos assassinos também era arrancar o órgão genital da vítima, mas desistiram. A decisão de queimar o corpo de Hiago foi ideia da dupla criminosa.
Um ‘intermediário’ foi o responsável por contactar os executores Rodrigo Playboy e Alexandre. “Nós identificamos o intermediário, o nome dele é Micael. Tanto Micael quanto Rodrigo Playboy cometeram 03 homicídios, sendo 02 juntos”, disse Dr. Marcus.
Micael encontra-se foragido. Ele é integrante de facção e foi quem mandou que Alexandre Cruz Brito, vulgo Parcker ou Xande contactasse Rodrigo Playboy. A Policia diz que Alexandre só soube que era para matar a vítima no local da execução, mas não se opôs.
Hiago foi chamado por Rodrigo via whatsapp, não pelo aplicativo. Ele havia feito amizade antes com Hiago no Facebook, para conhecer melhor a vítima.
O delegado disse que existem outras pessoas envolvidas no crime, mas não quis revelar nomes. O inquérito será concluído na próxima segunda-feira