Mesmo com a ameaça de corte dos dias parados, os professores decidiram na tarde desta quarta-feira (25) manter a greve e continuar com os protestos. Após reunião na Câmara de Vereadores para discutir os rumos do movimento, os docentes ocuparam mais uma vez as ruas da cidade.
Com cartazes, carro de som e gritos de protestos, os educadores desfilaram pelas ruas reivindicando direitos trabalhistas e denunciando falta de merenda nas escolas e perseguições contra servidores públicos por parte da gestão Herzem Gusmão.
De acordo com o Sindicato do Magistério Municipal dos Professores – SIMMP – para o ano de 2018, o MEC – Ministério da Educação determinou a porcentagem de 6,81% de aumento específico do Piso Nacional do Magistério, no entanto, durante as negociações da Campanha Salarial 2018, a Prefeitura de Vitória da Conquista ofereceu a proposta de reajuste de apenas 2,76%.
Neste momento as principais reivindicações da base são: reajuste do repasse anual do FUNDEB, garantido pela Lei 11.738/2008 que regulamenta o piso salarial nacional dos profissionais do magistério e o cumprimento do Plano de Carreira vigente, além da reestruturação do mesmo, que já não atende as necessidades da categoria.
Outra antiga reivindicação é a valorização dos profissionais monitores escolares e o seu desmembramento do quadro administrativo. Segundo os professores, esses profissionais exercem todas as atribuições de docência em sala de aula, são pagos pelo FUNDEB, mas não possuem Plano de Carreira próprio.
O QUE DIZ A PREFEITURA
O governo Herzem afirma que “tem honrado com o compromisso de pagar em dia os salários dos servidores e investido no funcionalismo público, sempre garantindo o reajuste da inflação e fazendo com que os servidores não percam o seu poder de compra”.
Em nota pública a Prefeitura disse que “a paralisação causa prejuízos para os alunos da Rede Municipal de Educação, que já enfrenta índices defasados de aprendizagem, como atesta o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) dos últimos anos” e explicou os motivos que justificam o não atendimento da reivindicação de aumento de 6,81% pleiteada pelos professores. (LEIA AQUI A NOTA NA ÍNTEGRA)
LEI DA MORDAÇA
Uma polêmica foi instaurada depois que a administração municipal proibiu os professores de fazer protestos dentro de repartições públicas. O Sindicato dos Bancários, a Bancada de oposição da Câmara de Vereadores, Deputados petistas e o PSOL de Conquista divulgaram nota de repúdio ao que chamam de “Lei da mordaça”.