A família da jovem Rosana de Carvalho Cruz, de 32 anos denunciou à imprensa um caso de suposto erro médico no Hospital Esaú Matos em Vitória da Conquista, envolvendo a morte de um bebê ainda na barriga na mãe.
Leia a seguir o relato enviado por um familiar de Rosana e logo em seguida a nota da Secretaria de Comunicação da Prefeitura com a resposta do Hospital Esaú Matos.
Relato da Família
“Grávida de sete meses, a jovem Rosana foi diagnosticada com um cisto, que já estava no peso de 5kgs, assim estava apertando a bebê Agatha em sua barriga. Após alguns exames, foi marcada a cirurgia. Ela tomou até injeção de corticoide para amadurecer o pulmão da bebê, pois segundo a equipe médica que a acompanhava no hospital Esaú Matos, na retirada do cisto seria feita também a retirada da bebê, e se caso precisasse ficaria na incubadora.
No dia 18 de fevereiro do ano corrente, Rosana entrou pra o centro cirúrgico de 09:20hs às 13:00hs, e ao sair de lá recebeu a informação de que apenas o cisto foi retirado, que durante o processo cirúrgico ela perdeu um pouco do líquido amniótico, mas dava pra segurar a bebê até os 9 meses.
Na manhã deste sábado ao não sentir mais a bebê mexer em sua barriga, Rosana procurou a unidade hospitalar e lá numa ultrassom ficou sabendo que a pequena Agatha já não tinha mais vida.
Neste momento Rosana está internada no hospital, e seu esposo recebeu a informação lá de que iriam induzir o parto, e a preocupação da família é que ela está com um corte enorme de apenas oito dias na barriga, e eles temem ela não conseguir ter um parto normal, já que o bebê está morto e não tem como ajudá-la no processo natural a sair.
Nesse momento o que todos pedem é oração para que ela venha ficar bem, e que tudo ocorra em paz…”
NOTA DO ESAÚ MATOS ENVIADA AO BLOG DO CAIQUE SANTOS
A paciente foi acompanhada em pré-natal de alto risco e emergência no Hospital Municipal Esaú Matos devido a um cisto ovariano, sendo optado no primeiro momento em acompanhar a evolução do cisto, devido a risco de uma intervenção cirúrgica naquele momento. Durante exames seriados, foi detectado um aumento desce cisto. Devido ao risco de ruptura do mesmo e pelos sintomas apresentados pela gestante, a equipe médica optou por uma intervenção cirúrgica somente pra retirada do cisto.
A cirurgia foi realizada no dia 18/02 e o procedimento não teve intercorrências. A paciente evoluiu bem em pós-operatório, sendo acompanhada nos dias seguintes, recebendo alta no dia 21/02, sendo encaminhada para acompanhamento no pré-natal de alto risco e orientada também a retornar ao hospital caso ocorresse qualquer alteração no quadro clínico.
Neste sábado, 27/02, a paciente retornou à unidade relatando ausência de movimentação fetal há 24 horas, sendo atendida por plantonistas, que não conseguiram auscultar os batimentos do bebê e solicitaram a ultrassonografia, quando foi identificado o óbito. A paciente segue internada na unidade sob os cuidados da equipe do Hospital Esaú Matos.