A Organização Internacional do Trabalho (OIT) alertou na quarta-feira que a pandemia pode acabar com até 24,7 milhões de empregos em todo o mundo, excedendo os efeitos da crise financeira de 2008, que desencadeou a eliminação 22 milhões postos de trabalho.
“Não é mais apenas uma crise global de saúde, é uma grave crise econômica e trabalhista que está causando forte impacto nas pessoas”, disse Guy Ryder, diretor-geral da OIT.
Mas se os governos estão jogando a maioria de suas cartas para fornecer oxigênio à economia, o que mais pode ser feito?
Segundo Maurice Obstfeld, professor de economia da Universidade de Berkeley, a chave está na ação fiscal coordenada e oportuna.
“A confiança do consumidor e do mercado aumentaria se houvesse mais cooperação entre governos”, diz ele.
E não se trata apenas de cooperação econômica, alerta Obstfeld, mas também de planos de saúde pública, como o desenvolvimento de vacinas e testes internacionais para controlar a pandemia.
“Mas se os países caírem em recriminações e abordagens egoístas, corremos o risco de fragmentar ainda mais a economia mundial, o que pode persistir muito além da crise”, diz Obstfeld.