O ex-governador do Espírito Santo Gerson Camata foi assassinado a tiros na tarde desta quarta-feira (26) na frente de um restaurante, na Praia do Canto, em Vitória (ES). Um suspeito já foi preso pela Polícia Civil. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado para socorrê-lo, mas o emedebista não resistiu aos ferimentos e, aos 77 anos, morreu no local.
O autor dos disparos fugiu após o crime, mas foi localizado e detido em seguida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. O assassino é um ex-assessor de Camata. Ele confessou o crime e foi preso. A motivação foi uma ação judicial movida por Camata que gerou o bloqueio de R$ 60 mil na conta bancária do suspeito.
Vida pública
Camata nasceu em Castelo (ES), atuou como jornalista e apresentador de rádio e se formou em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Vitória. Em 1967, iniciou mandato como vereador na capital do estado, sendo eleito deputado estadual quatro anos depois. Foi deputado federal de 1975 a 1983 e senador de 1987 a 2011. O emedebista foi governador do Espírito Santo de 1983 a 1986.
Com atuação na Constituinte, Camata defendeu a limitação do direito de propriedade privada, o mandado de segurança coletivo, a jornada semanal de 40 horas, o aviso prévio proporcional, a unicidade sindical, o voto aos 16 anos, o presidencialismo, a limitação dos juros reais em 12% ao ano, o mandato de cinco anos para presidente e a criação de um fundo de apoio à reforma agrária.
Como parlamentar da Constituinte, ele se absteve das votações relativas ao turno ininterrupto de seis horas e à anistia aos micro e pequenos empresários. Era casado com Rita Camata, ex-deputada federal por cinco mandatos, que foi relatora do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei de Responsabilidade Fiscal. O ex-governador deixa dois filhos.
*Com informações da Agência Brasil