A crise do transporte público de Vitória da Conquista ganha a cada dia novos desdobramentos. Neste domingo (14) rodoviários relataram uma movimentação de veículos da Prefeitura na garagem da Viação Novo Horizonte. Nossa reportagem ainda está apurando junto à Secretaria de Comunicação da Prefeitura se de fato a Novo Horizonte assumirá amanhã (15) as linhas Pradoso x Centro, Santa Marta x Centro, Senhorinha Cairo x Centro, Lagoa das Flores x Centro, Lagoa das Flores x Uesb.
No blog do prefeito Herzem Gusmão, “Resenha Geral”, uma postagem garante que Lagoa das Flores, Santa Marta e Pradoso terão transporte já nesta segunda-feira (15). O texto diz que ainda neste domingo, a Semob – Secretaria de Mobilidade Urbana – anunciará oficialmente que a população não ficará prejudicada e será atendida sem nenhum prejuízo. Sobre a deserção da Cidade Verde, o blog do prefeito diz que “a Prefeitura buscará informações técnicas, com justificativas plausíveis, para saber as razões do abandono das linhas que foi anunciado pela empresa”.
Ao longo da sexta-feira, 12, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista promoveu duas reuniões com a participação de vereadores, representantes da Viação Cidade Verde e da Prefeitura Municipal, para tentar resolver o impasse gerado pelo anúncio da Cidade Verde de abandonar cinco linhas do lote emergencial do transporte coletivo a partir deste sábado, 13. Uma terceira reunião chegou a ser agendada para às 20h da sexta-feira, mas faltando meia hora para o início, a empresa Cidade Verde informou que não participaria mais do encontro por terem decidido não aceitar nenhum tipo de acordo em relação a decisão de abandonar as linhas dos bairros periféricos.
O representante da Viação Cidade Verde, Sérgio Hubner, afirma que a empresa está acumulando prejuízos diariamente com a perda de passageiros pagantes para o transporte clandestino. Segundo Hubner, as perdas chegam a 53%. O representante da Cidade Verde afirmou ainda que opera no lote emergencial desde julho de 2018 mas que somente na última quinta-feira, 11, recebeu o contrato para a devida assinatura. Outra reclamação apresentada foi a de que a Procuradoria do Município sequer entrou com um recurso contra a decisão judicial que determinou a suspensão da apreensão das vans utilizadas no transporte clandestino de passageiros.