O assassinato da empresária Givanete Nogueira, de 52 anos, (acima) encontrada morta em Barra do Choça após desaparecer em Vitória da Conquista, é o assunto mais lido nas principais plataformas de mídia do país. Portais como G1, Istoé, Diário do Comércio e UOL repercutiram o fatal ataque feminicida.
O crime, atribuído pela polícia ao comerciante e ex-candidato a vereador, Everton Bruno dos Santos Miranda, 38 anos, (abaixo) teria sido motivado por uma dívida de R$15 mil contraída com a vítima pelo acusado. Ela deixa uma filha e um neto.
Segundo fontes ligadas ao caso, após ser flagrado por câmaras de vigilância no trajeto entre a loja da vítima até as imediações de uma agência bancária, Bruno teria sido preso em sua loja, no comércio popular conhecido como Feira do Paraguai.
Ele possui uma loja de artigos esportivos, com foco em roupas e acessórios para surf. Ainda conforme apurado, porém sem confirmação oficial, Bruno mantinha estreita relação de amizade com a vítima, de quem conquistou confiança e passou a utilizar o CNPJ da empresa dela, ainda de conseguir o valor que, supostamente, foi a motivação para o crime hediondo.
Sem saída diante das evidências, ainda segundo a fonte, ele teria confessado a autoria, mas não entrou em detalhes, porém indicou à polícia o local onde o corpo estaria. A investigação continua em curso. A defesa do acusado ainda não se pronunciou sobre o caso. Bruno continua preso por força de mandado de prisão preventiva até a conclusão do inquérito policial.
A delegada do caso, Gabriela Garrido, titular da Delegacia da Mulher, disse em entrevista a uma emissora de TV que, além do empréstimo com a vítima e do uso do CNPJ da empresária, havia algo mais entre ambos. “Há fortes indícios que ele mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima e deve ter havido algum tipo de desentendimento em relação a esse relacionamento, junto com a dívida que eles possuíam, cerca de R$15 mil, e que culminou com ele fazer esse absurdo”.
A delegada afirmou que mesmo preso, o indivíduo não colaborou em momento algum com as investigações e com a localização do corpo da empresária. O corpo só foi encontrado após a Polícia Militar e a Polícia Civil vasculharem uma grande área de Barra do Choça e utilizarem uma cadela farejadora. “Além de matar, ele ocultou o corpo. Em momento algum ele demonstrou preocupação com a vítima, com a família da vítima. Mesmo preso, ele se recusou a dizer onde estava o corpo”, afirmou.
No corpo de Givanete, os investigadores encontraram sinais de luta corporal, indicando que ela tentou se defender. Como o acusado apresenta arranhões, também será realizado um teste de DNA com o material colhido. Após o fechamento do inquérito, ele deve responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A empresária estava desaparecida desde a última terça-feira (19), após ter sido vista saindo da Galeria Joaquim Correia, onde ficava sua loja. No local, há várias homenagens feitas por colegas, todos estão chocados com a brutalidade do crime.
O corpo de Nete, como era mais conhecida, foi sepultado em Itaíba, cidade-natal, que fica no interior pernambucano. Em nota, a família se manifestou sobre a vítima e os desdobramentos do caso. “Nete, mãe, avó, irmã e amiga querida. Agradecemos a todos pelas orações e pelo auxílio nas buscas. Informamos que o corpo será velado e sepultado em Itaíba, cidade de nascimento de Nete que fica no Estado do Pernambuco. Somos especialmente gratos à Polícia Civil e à Polícia Militar por todo o empenho nas buscas e na resolução rápida do caso, principalmente com a prisão do culpado, o Sr. Everton Bruno Santos Miranda. Embora saibamos que nada possa diminuir a dor de tão trágica perda, esperamos que a Justiça seja feita”.
Fonte: Sudoeste Digital