O Centro de Atenção Municipal Coronavírus – COVID-19 do município de Vitória da Conquista divulgou através do Informe Técnico nº 01/2020 que a partir desta quinta-feira (10), das 13h às 17h, irá disponibilizar gratuitamente comprimidos de Difosfato de Cloroquina (150mg) e Sulfato de Hidroxicloroquina (400mg) para o tratamento precoce contra Covid-19.
Para obter os medicamentos é requerido previamente o preenchimento de um ‘Termo de Ciência e Consentimento’ em 03 vias (uma ficará com o próprio profissional prescritor, a segunda com o paciente e a terceira com a unidade dispensadora). Os medicamentos serão fracionados de forma a viabilizar a posologia do tratamento adulto e infantil.
De acordo com o documento, a decisão de ofertar tais drogas foi baseada nas orientações do Ministério da Saúde no que diz respeito a ampliar o acesso de pacientes com COVID-19 ao tratamento medicamentoso precoce, ou seja, nos primeiros dias de sintomas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Prefeitura alerta ainda que os medicamentos foram doados e que seus estoques são limitados, mas não revela a origem da doação.
O Centro de Atenção Municipal Coronavírus – COVID está situado no lado direito (sentido avenida Brumado) do cruzamento entre as Avenidas Régis Pacheco e Integração.
Cloroquina e hidroxicloroquina: por que o interesse nesses medicamentos?
O uso da cloroquina e seu derivado, a hidroxicloroquina, no tratamento de pacientes com covid-19 tem gerado muita repercussão pelo mundo. Alguns estudos feitos em caráter emergencial descartam a eficácia desses medicamentos no combate à covid-19. Por outro lado, países como o Brasil incluem em seus protocolos a sugestão de uso para alguns tipos de pacientes. Mas você sabe por que esses dois medicamentos se tornaram focos de estudos?
A reumatologista e professora do Departamento do Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina da UFMG, Cristina Lanna, explica que a cloroquina e hidroxicloroquina já são usadas no tratamento da malária e do lúpus. Mas a possível indicação para a cura da covid-19 tem origem em 2003, quando ocorreu a SARS-CoV-1, um tipo de coronavírus, em algumas regiões da China.
“Nessa época, a cloroquina e hidroxicloroquina foram usadas como testes para avaliar a eficácia como antiviral. Esses estudos foram feitos in vitro, e havia, sim, um efeito dos medicamentos na replicação viral. Essa epidemia não durou muito tempo e não se espalhou muito. Então, quando ela terminou, os estudos não se mantiveram”, conta.
A hipótese que surgiu durante a epidemia em 2003 não foi, portanto, comprovada. Mas com a pandemia do novo coronavírus, vários estudos e conhecimentos sobre esses medicamentos foram resgatados e voltaram a ser o foco de atenção de muitos pesquisadores. (Fonte: https://www.medicina.ufmg.br/cloroquina-e-hidroxicloroquina-por-que-o-interesse-por-esses-medicamentos/)