Ao contrário do PT, Rui repudia racismo contra policial em Curaçá

O governador Rui Costa (PT) comentou nesta quinta-feira (24) o episódio em que a filiada ao PT em Curaça, Libânia Torres, foi registrada em vídeo chamando um policial negro de macaco, após ser presa por agredir a própria companheira (veja aqui).

Ao contrário do diretório municipal do PT da cidade, que tentou justificar a ofensa afirmando que chamar policiais de macaco é uma tradição cultural da região, o governador petista repudiou a fala da correligionária.

“Merece nosso repúdio e indignação qualquer comparação de um ser humano a um animal. Não podemos descaracterizar ou desqualificar as pessoas com comparações esdrúxulas, racistas e preconceituosas”, disse Rui.

Defesa de PM chamado de ‘macaco’ promete processar presidente do PT de Curaçá

A defesa do PM agredido e chamado de “macaco” durante uma ocorrência no bairro Vale dos Lagos, Salvador, na quarta-feira (16), prometeu que irá processar o presidente do PT de Curaçá e toda a diretoria da sigla envolvida na aprovação de uma nota de apoio a agressora, identificada como Libânia Maria das Torres. No perfil do Instagram, o PT municipal de Curaçá, alegou que o termo utilizado por Libânia para ofender o policial “não é racismo”.

A defesa do PM agredido e chamado de “macaco” durante uma ocorrência no bairro Vale dos Lagos, Salvador, na quarta-feira (16) , prometeu que irá processar o presidente do PT de Curaçá e toda a diretoria da sigla envolvida na aprovação de uma nota de apoio a agressora, identificada como Libânia Maria das Torres. No perfil do Instagram, o PT municipal de Curaçá, alegou que o termo utilizado por Libânia para ofender o policial “não é racismo”.

“Nós, do Partido dos Trabalhadores de Curaçá, reconhecemos a grandeza de suas [Libânia] lutas e, creditamos as palavras, que foram ditas não a racismo, mas a cultura nordestina e Curaçaense, herdada de Lampião, de chamar policiais de macaco”, diz a nota publicada no dia 19 de setembro e assinada por Júlio Cézar Lopes, presidente municipal da sigla e candidato a vereador.

O texto, ainda reforça: “Lamentamos o acontecido e reafirmamos o nosso respeito e solidariedade a ela e sua família”.

“Como ele é o presidente do partido, vamos processá-lo. Caso o conteúdo tenha passado por uma reunião, por pessoas que também tenham sido coniventes, vamos processar também. Isso é lamentável e vai de encontro a toda uma história que o PT prega”, enfatiza Marinho Soares, advogado do policial militar.

VEJA NA ÍNTREGA A NOTA PUBLICADA PELO PT DE CURAÇÁ:

NOTA DE APOIO

A presidência municipal do Partido dos Trabalhadores – PT de Curaçá vem, de público, manifestar seu apoio a companheira Libânia Torres, por saber da sua caminhada de LUTA e de respeito as pessoas. Em todos os sentidos.

Nós, do Partido dos Trabalhadores de Curaçá, reconhecemos a grandeza de suas lutas e, creditados as palavras, que foram ditas não a RACISMO, mas a cultura nordestina e Curaçaense, herdada de Lampião, de chamar policiais de Macaco.

Ao mesmo tempo, lamentamos o acontecido e reafirmamos o nosso respeito e solidariedade a ela e sua família.

Curaçá-BA, 19 de setembro de 2020.

Júlio Cézar Lopes
Presidente do PT de Curaçá-BA

Entenda o caso

A mulher foi detida após chamar um policial militar de “macaco”, em Salvador. Segundo a Polícia Militar, na última quarta-feira (16) uma guarnição foi informada que uma senhora de 64 anos estava sendo espancada dentro da própria residência no Vale dos Lagos e foi ao local.

Os policiais verificaram que se tratava de uma briga de casal onde a referida senhora era a agressora, identificada como Libânia Maria Dias Torres. De acordo com a PM, mesmo com a presença da guarnição no local, a senhora agrediu a companheira dela fisicamente ao ponto em que o policial da guarnição interveio na agressão.

“A agressora desferiu um tapa no rosto do policial militar e começou a chamá-lo de macaco. Ela foi conduzida, juntamente com a companheira, para a 11ª delegacia, onde foi lavrado o flagrante pelo delegado”, pontuou em nota a PM.

A corporação informou que os autos serão encaminhados à Procuradoria Geral do Estado (PGE) para adotar as providências judiciais cabíveis. (Fonte: Bahia Notícias)

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