Praticantes de religiões de matriz africana denunciaram ao Ministério Público situações de intolerância religiosa, no município de Vitória da Conquista. Segundo a denúncia, um cidadão tem feito pregações em uma praça pública, utilizando o aparelho de som de uma loja, com teor de intolerância e racismo religioso.
Em seus discursos, o indivíduo estaria considerando a própria religião como superior às demais e colocando-a como a única salvação possível para pessoas que são de religiões de matriz africana. O discurso de associar o candomblé e umbanda a demônios contribui para ideias discriminatórias, podendo incentivar condutas mais graves, como agressões e destruições de terreiros.
Segundo o Artigo 20 da Lei 7.716/1989, é crime praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, com pena de reclusão de um a três anos e multa.
A Tarde