Nos últimos dias, o meio ambiente em Vitória da Conquista vem sofrendo com a incidência de queimadas que tem afetado a qualidade do ar e impactado a saúde das pessoas, principalmente crianças e idosos. Para se ter uma ideia, de 16 a 21 de agosto, foram debelados mais de 70 focos de incêndio em locais diferentes do município.
Os meses de agosto e setembro são os que mais concentram queimadas no município, por conta da falta de chuvas e das condições climáticas adversas, além dos ventos que servem como um espécie de combustível para o fogo, fazendo com que se alastre de forma mais rápida. Esse é também o período em que a vegetação e a matéria orgânica do solo estão propícias à queima.
Em Vitória da Conquista, a situação se agravou com diversos incêndios espalhados pelos quatro cantos do município. No dia 16 de agosto, foram 11 focos de incêndio, dos quais, dois aconteceram no Anel Rodoviário (saída para Barra do Choça). Já no dia dia 18, 23 focos atingiram a estrada da Pedra Branca, saída da Barra, no trecho saindo de Barra do Choça para o Anel Rodoviário, e a da Rua da Corrente, com 23 focos. No dia 19, cinco focos de incêndio foram debelados. No dia 20, ocorreram 13 focos, e mais 21 no dia 21, totalizando 73 focos de incêndios em cinco dias.
Segundo a secretária municipal de Meio Ambiente, Ana Cláudia Passos, muitas pessoas ainda não se conscientizaram de que as queimadas não queimam apenas o meio ambiente, elas destroem todo o ecossistema e causam problemas de saúde às pessoas. Ainda assim, a ação humana, seja acidental ou provocada, é a principal causa dos incêndios, muitas vezes ligada a práticas agropecuárias, como o manejo de pastagens, e ao desmatamento. “Já fizemos diversas campanhas de conscientização, mas a população parece que se recusa a entender que não se deve colocar fogo em lixo, por exemplo, para não ocasionar danos maiores”, disse a secretária.
A Semma ainda não fez o levantamento sobre o tamanho das áreas afetadas pelos incêndios, mas já se sabe que foram vários hectares. “Nesta quinta-feira, brigadista e Corpo de Bombeiros começaram a trabalhar por volta das 15h e foram até às 21h. Por aí, dá pra se ver que foi uma área ampla”, relatou Ana Cláudia.
