Ministério da Saúde muda faixa etária para mamografias preventivas

Foto: Freepik

O Ministério da Saúde anunciou mudanças importantes no rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de agora, mulheres entre 40 e 49 anos poderão realizar mamografia mesmo sem apresentar sintomas — uma demanda antiga de especialistas e entidades ligadas à saúde feminina.

Segundo dados oficiais, essa faixa etária concentra cerca de 23% dos casos de câncer de mama no Brasil, o que justifica a ampliação do acesso. Além disso, o rastreamento ativo, antes recomendado até os 69 anos, passa a ser estendido até os 74 anos, contemplando mulheres que, com o avanço da idade, apresentam riscos mais elevados.

Estrutura de atendimento

Para dar conta dessa expansão, o governo federal anunciou a circulação de 27 carretas móveis de saúde em 22 estados. Os veículos vão oferecer exames como mamografia, ultrassonografia, biópsias e telemedicina, com a expectativa de realizar 120 mil procedimentos apenas no mês de outubro.

Outra novidade é a incorporação de medicamentos modernos no tratamento do câncer de mama pelo SUS. Entre eles, estão o trastuzumabe-entansina e os inibidores de ciclina, que devem ser disponibilizados a partir de outubro, após negociações que reduziram em até 50% os custos de aquisição.

O desafio da desigualdade

Apesar do avanço, os números mostram que o acesso à mamografia ainda é desigual entre as brasileiras. Dados recentes apontam que mulheres com planos de saúde realizam 3,54 vezes mais exames do que aquelas atendidas pelo SUS — diferença que, em vez de diminuir, aumentou desde 2014, quando a taxa era de 3,23.

Isso evidencia que, mesmo com políticas públicas e maior cobertura, a desigualdade no acesso continua sendo um dos principais desafios para garantir a efetividade no combate à doença.

Avanço necessário

Especialistas destacam que a medida é um passo histórico na prevenção do câncer de mama, a neoplasia mais incidente entre as mulheres no país. A expectativa é que, com a ampliação da faixa etária e a inclusão de novas tecnologias, seja possível detectar mais casos em estágios iniciais, aumentando as chances de cura.

Com informações do Ministério da Saúde e Metrópoles

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