Em nota, a ABI – Associação Bahiana de Imprensa – lamentou a morte do PM Wesley, que surtou neste domingo na Barra e repudiou a ameaça ao trabalho da imprensa, representada principalmente por disparos que um policial envolvido na operação deflagrou contra os jornalistas que acompanhavam a situação.
“A ABI repudia ainda, mais uma vez, as cenas de despreparo e absoluta irresponsabilidade dos policiais envolvidos na operação de desfecho trágico para um dos seus, quando, a pretexto de isolar a área onde acontecia o cerco ao soldado em surto, as equipes de reportagem foram vítimas, felizmente não fatais, da mesma violência. Não se pode esperar menos do que a identificação, abertura de procedimentos disciplinares cabíveis e punição exemplar para os policiais que apontaram fuzis em direção aos jornalistas e dispararam para o alto”, diz a nota
A ABI ressalta ainda que “não é a primeira vez que a entidade denuncia e publicamente pede providências ao Comando-geral da corporação e à Secretaria de Segurança Pública, bem como ao comandante-em-chefe da Polícia Militar, secretário da Segurança Pública e o Exmo. Sr. Governador do Estado, sobre a forma abusiva e afrontosa como são tratados os profissionais de imprensa no cumprimento do seu dever de reportar fatos de interesse público. Trata-se de chaga antiga e conhecida, que transcende mandatos e comandos. Cada caso semelhante, premiado com a reiterada impunidade, constitui-se em estímulo para novos abusos com potencial para se converterem em novas tragédias” e encerra dizendo que “espera uma ação efetiva e imediata destas autoridades quanto a mais este episódio de abuso a suceder uma extensa lista de precedentes não menos absurdos”
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA
A Associação Bahiana de Imprensa lamenta que a imagem da Bahia ganhe o mundo por conta das cenas registradas na véspera do aniversário de Salvador, tendo ao fundo um dos mais conhecidos cartões postais da nossa capital, e se solidariza com familiares, amigos e colegas do policial executado. O abuso do conceito sempre reivindicado pelas autoridades da Segurança Pública, de “uso progressivo da força” desta vez teve um agente das forças de segurança como vítima, mas cotidianamente cidadãs e cidadãos, protegidos pela Constituição com a qual todos estamos comprometidos, são vítimas dos excessos e do abuso desproporcional da força de armamentos e munições letais, comprados com dinheiro público e confiados a servidores civis e militares treinados e remunerados com a mesma fonte, qual seja, o trabalho de quem tem o direito de sentir protegido, em vez de ameaçado pelo Estado.
A ABI repudia ainda, mais uma vez, as cenas de despreparo e absoluta irresponsabilidade dos policiais envolvidos na operação de desfecho trágico para um dos seus, quando, a pretexto de isolar a área onde acontecia o cerco ao soldado em surto, as equipes de reportagem foram vítimas, felizmente não fatais, da mesma violência. Não se pode esperar menos do que a identificação, abertura de procedimentos disciplinares cabíveis e punição exemplar para os policiais que apontaram fuzis em direção aos jornalistas e dispararam para o alto.
Não é a primeira vez que a entidade denuncia e publicamente pede providências ao Comando-geral da corporação e à Secretaria de Segurança Pública, bem como ao comandante-em-chefe da Polícia Militar, secretário da Segurança Pública e o Exmo. Sr. Governador do Estado, sobre a forma abusiva e afrontosa como são tratados os profissionais de imprensa no cumprimento do seu dever de reportar fatos de interesse público. Trata-se de chaga antiga e conhecida, que transcende mandatos e comandos. Cada caso semelhante, premiado com a reiterada impunidade, constitui-se em estímulo para novos abusos com potencial para se converterem em novas tragédias.
A ABI espera uma ação efetiva e imediata destas autoridades quanto a mais este episódio de abuso a suceder uma extensa lista de precedentes não menos absurdos.
Ernesto Marques
Presidente – ABI
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