O governo federal anunciou um novo Plano Safra para o período 2018/2019 e, desta vez, serão ofertados R$ 31 bilhões em crédito para produção de alimentos, com taxas reduzidas.
Com a queda da taxa básica de juros da economia, a Selic, o governo optou por também reduzir os juros cobrados dos produtores rurais, o que derrubou as taxas mais altas de 5,5% ao ano para 4,6%.
Assim, os agricultores terão a possibilidade de usar os recursos para custeio e investimentos, como por exemplo, compra de máquinas e sementes. Além disso, será possível financiar motocicletas para deixar a produção mais dinâmica.
O secretário especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário, Jefferson Coriteac, explica como isso pode facilitar a vida dos agricultores.
“A possibilidade de o agricultor familiar poder adquirir as motocicletas irá ajuda-lo no transporte de cargas e distribuição de seus produtos.”
De acordo com o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o Plano Safra tem medidas voltadas também para segurança jurídica da terra e regularização fundiária, acesso à terra, seguro para a produção, assistência técnica e extensão rural e atividades para o semiárido.
“Para produzir não basta apenas o crédito. Por essa razão, o nosso Plano Safra, que agora é plurianual, vai até 2020, também possui ações para conferir segurança jurídica ao produtor, com sua titulação e regularização fundiária.”
Um levantamento feito pelo governo mostra que a agricultura familiar tem um peso importante para a economia brasileira. Com um faturamento anual de US$ 55,2 bilhões, caso o país tivesse só a produção familiar, ainda assim estaria na lista dos maiores produtores de alimentos.
Os dados fazem parte de uma comparação entre dados do Banco Mundial e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Quando se soma a agricultura familiar com toda a produção, o Brasil passa da oitava para a quinta posição, com faturamento de US$ 84,6 bilhões por ano.
Segundo o governo, o Plano Safra vai atender a cerca de 40 milhões de agricultores familiares, que representam 84% dos estabelecimentos rurais e são responsáveis pela produção de 70% dos alimentos do país.
FONTE: Agência do Rádio/ Cíntia Moreira
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