Após o fechamento das sedes do Programa Farmácia Popular em todo o país, e de uma rodada de negociações do Ministério da Saúde com a indústria farmacêutica e o setor de drogarias em função da busca de reajustes de valores, circularam informações sobre um provável fim do programa.
Para Edison Tamascia, presidente da Febrafar e integrante da Comissão do Programa Farmácia Popular, há dois lados nessa disputa: “De um lado o Governo, quer diminuir os custos, e de outro o mercado, que enfrenta dificuldades pelas baixas margens que já obtêm”, sendo que para Edison há uma necessidade de “se equalizar as contas sendo levado em consideração a variedade de produtos e marcas vendidas no programa, bem como as dificuldades relacionadas à realidade tributária brasileira”. Ainda assim, para o presidente “não existe uma fórmula simples de valores”. A argumentação de que os valores pagos pelo Governo pelos produtos de asma, hipertensão e diabetes estão acima dos praticados pelo mercado, não está totalmente condizente com a realidade financeira do programa, o que é preocupante, pois, esse fato pode ser atribuído às empresas, que não tem culpa dos problemas em evidência.
Apesar deste impasse, Tamascia declara que estão empenhados em uma saída amigável, para que seja garantida a continuidade do programa Aqui Tem Farmácia Popular.
Frente a todo esse debate, um ponto relevante é que, em um primeiro momento, a oferta dos medicamentos, está em análise no Congresso, com uma previsão de orçamento para o Programa em 2018, sendo que não há o interesse de nenhum dos lados para que ocorra o fim do Aqui Tem Farmácia Popular em todo o país.
“Como representante da Febrafar posso afirmar que nossa luta é pela continuidade e crescimento do programa e acredito que o Ministério da Saúde tem a mesma intenção, possibilitando benefícios a todos, principalmente à população, e buscando até mesmo a ampliação dos produtos oferecidos. Mas, o assunto não pode ser tratado de forma simplista, por isso vejo que acontecerão muitos debates e negociações antes de um posicionamento final sobre o tema”, finaliza Tamascia.