As questões ambientais, vida e morte o nosso futuro comum
(Prof. Dirlêi A Bonfim)*
Vou iniciar esse ensaio com a seguinte indagação: o que temos de novo nesse dia Mundial do Meio Ambiente…? Qual o verdadeiro compromisso dos governos, mas especialmente da sociedade com as questões ambientais…? O que fazer…? Como fazer…? Quanto tempo ainda temos…? Algumas perguntas importantes, que toda a humanidade deve está empenhada em resolver… “O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), marca a data em que aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente.
Ela foi em Estocolmo na capital da Suécia, em 1972, que ficou conhecida como a Conferência de Estocolmo e tem como objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população do planeta Terra, para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais, e como sabemos todos considerados, por muitos, “inesgotáveis.” Mas, que são recursos finitos e muitos já esgotados e a cada dia vivenciamos situação mais e mais caótica nas questões ambientais planeta afora.
No entanto, a última Conferência do Clima do Egito (COP 27), em novembro de 2022, chegou-se a apresentar alguns resultados importantes, mas também com a postergação de agendas urgentes e muitos problemas a serem resolvidos nos quatro cantos do planeta. Entre os avanços, o principal destaque foi a criação de um fundo de perdas e danos, para amenizar os prejuízos oriundos das tragédias ambientais, que todo o planeta, a cada dia está mais suscetível…
Esse fundo é um avanço e pode representar muito para os países mais vulneráveis, que são os mais impactados pelos desastres climáticos. Mas, isso só, não se resolve, os recursos cumprem um papel importante, mas, não é tudo… As grandes questões passam necessariamente pela Educação, Compromisso e Sensibilidade… A Educação Ambiental, se coloca como uma Ferramenta importante, na Formação, Compromisso e Conscientização, da sociedade humana no combate a degradação ambiental, ainda tão presentes no nosso cotidiano, as diversas formas de poluição… Segundo o Professor Leff (2012), “vai afirmar que, A educação e a formação ambientais foram concebidas desde a Conferência de Tbilisi como um processo de construção interdisciplinar e de novos métodos holísticos para analisar os complexos processos socioambientais que surgem da mudança global”.
Várias são as fontes de poluição do meio ambiente, que leva a degradação ambiental, os principais tipos de poluição são: atmosférica, hídrica, dos solos, visual e sonora. Trata-se de problemas socioambientais que prejudicam enormemente a qualidade de vida, como atividades agrícolas, (o crescimento descontrolado do uso de agrotóxicos), atividades domésticas, esgotos, atividades de indústrias, dentre outros…
Assim, as atividades domésticas que prejudicam o meio ambiente podemos citar o uso de detergentes que contenham fosfatos que nos ecossistemas aquáticos, propiciam o alto crescimento de fitoplâncton, algas e plantas, que se alimentam à base de nutrientes. Quando os nutrientes acabam, os organismos morrem e em decomposição consomem o oxigênio dissolvido na água, formando gases tóxicos.
Quando os esgotos domésticos e industriais são jogados diretamente há contaminação da água e mais as substâncias tóxicas, restos orgânicos, bactérias e vírus perigosos, entre outros, provoca a morte de muitos seres vivos, podendo transformar o rio num deserto biológico. A contaminação do solo e da água prejudica as atividades agropecuárias, uma vez que não haverá qualidade seja para plantação ou pastagem. E claro, que a cada dia se faz, mais e mais necessário, a discussão, bem como, a implantação da Educação Ambiental, em todas as séries da educação de todos os níveis, do ensino fundamental, à pós-graduação…
Segundo o Professor Carvalho (2020), “a Educação Ambiental surge como uma estratégia para firmar as bases de um novo saber para uma nova racionalidade, capaz de fazer frente aos desafios socioambientais oriundos do tipo de saber e de ciência adotados pelo paradigma dominante” […] é a percepção de que o conhecimento disciplinar – despedaçado, compartimentalizado, fragmentado e especializado – reduziu a complexidade do real, instituiu um lugar de onde conhecer é estabelecer poder e domínio sobre o objeto conhecido, impossibilitando uma compreensão diversa e multifacetada das inter-relações que constituem o mundo da vida, com toda a sua complexidade e nuances e que na maioria das vezes, passam de forma imperceptíveis.
*Dirley Bonfim é Doutor em Desenvolvimento Econômico e Ambiental e Professor da SEC/BA.