Na intenção de conseguir a aprovação da reforma da Previdência, o presidente Michel Temer (PMDB) convidou o professor de economia da PUC-Rio José Camargo para palestrar durante um jantar oferecido por ele a seus aliados nessa quarta-feira (22).
Segundo o jornal O Globo, José Camargo terá a missão de convencer os parlamentares com dados que apontam um consumo com aposentadoria dos servidores públicos federais de R$ 500 bilhões, entre 2001 e 2016, 50% a mais do que o que foi gasto com a saúde e educação no país.
“No levantamento que será detalhado aos parlamentares, Camargo compara os gastos previdenciários aos do programa Bolsa Família, que custou ao governo R$ 250 bilhões em 15 anos e consegue atender aos 30% mais pobres do país. O Benefício de Prestação Continuada (BPC), concedido a idosos e que consumiu R$ 450 bilhões no período, também beneficia a população de baixa renda, pois é voltado para as famílias nas quais a renda per capita é de até um quarto do salário mínimo”, diz trecho da reportagem.
Temer deseja que a reforma da Previdência seja aprovada na Câmara ainda em 2017. O foco central ficou na idade mínima e no corte de “privilégios” de servidores públicos, discurso que vem sendo realizado pelos governistas. De acordo com um dos principais aliados do presidente, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), a reforma ministerial “ampla” deve ser feita até meados de dezembro. O prazo é o mesmo que o Planalto planeja para ver a reforma da Previdência aprovada pelos deputados. Condicionando os cargos ao apoio às mudanças nas regras das aposentadorias.
Para evitar surpresas em votos da base, o Planalto pretende reorganizar o ministério de acordo com o placar dos votos. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, as trocas ficarão acertadas, mas os cargos só serão entregues depois da votação.
Fonte: Uol