Em entrevista cedida à Rádio Clube de Conquista na tarde desta segunda-feira, 22, a prefeita em exercício Sheila Lemos (DEM), fez críticas à gestão do governo do estado na regulação de leitos de UTI e afirmou que a cidade não vai aderir ao lockdown, ainda que seja decretado pelo governador Rui Costa.
“Nós não vamos fazer o lockdown porque entendemos que isso não é a resolução do problema. Para resolver o problema é vacinação, a população se conscientizar, e é abrir leitos para quando a pessoa precisar, que tenha o leito disponível”, disse a prefeita em exercício ao ser questionada pelo radialista Humberto Pinheiro.
“A gente entende que o lockdown não vai fazer o vírus recuar, nós passamos por isso no ano passado, no mês de março, nós passamos no mês de abril, no mês de maio, com todo o comércio fechado, só os serviços essenciais funcionando e o vírus foi se propagando. Vitória da Conquista não entende que o lockdown é solução para [conter] o avanço do coronavirus”, disse Sheila.
A prefeita disse ainda que não acredita que o governador vá decretar lockdown no estado. “Ele sabe que isso não vai resolver o problema. Ele não vai fazer isso”, vaticinou.
Um ‘lockdown’, ou em português’bloqueio total ou confinamento, é um protocolo de isolamento que geralmente impede o movimento de pessoas ou cargas. Nenhuma cidade da Bahia teve lockdow desde o inicio da pandemia até hoje.
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GOVERNADOR NÃO DESCARTA LOCKDOWN NA BAHIA
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Rede Bahia, o governador Rui Costa disse que a Polícia Militar vai conduzir à delegacia os donos de estabelecimentos comerciais que descumprirem a ampliação do toque de recolher, que a partir desta segunda-feira, 22, que começará a partir das 20h até às 5h.
“Não há o que se falar em manter bares funcionando lotados. Eu vou insistir nesta tese, o que nós estamos restringindo agora é que os bares e restaurantes só funcionem até 18h, presencial, eles podem fazer delivery até as 23h, mas somente delivery e os outros serviços até as 20h”
Rui ameaçou fazer lockdown, caso o toque de recolher não gere os resultados esperados. “Eu peço a compreensão dos donos de estabelecimentos de bares e restaurantes e shoppings, se essa medida não surtir efeito e se não houver colaboração, a medida terá que ser mais drástica, igual ao que o município de Araraquara fez em São Paulo, fechar absolutamente tudo, então, para evitarmos o pior, inclusive para os negócios, é importante que todos colaboram com essas medidas mitigadoras, que visam reduzir com o menor impacto para a atividade econômica, o que estamos fazendo é ir lentamente, progressivamente, adotando as medidas pra ver se colhemos resultados”, disse.
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