Evandro Correia se despede da vida no ‘Dia dos Namorados’ e deixa uma história de amor à música de Conquista

Evandro Correia 66 anos, partiu em um dia carregado de simbolismo: 12 de junho, o Dia dos Namorados e ainda véspera do início de uma das festas mais tradicionais e queridas do nordeste, o São João.  Justo ele, que fez da música um gesto de afeto, da canção, um modo de dizer o que sente. Cantor e compositor de alma romântica, foi um dos primeiros artistas de Vitória da Conquista a conquistar reconhecimento com músicas autorais, em uma época em que isso parecia impossível. Mais do que talento, ele carregava o jeito do conquistense, tímido, de pouca conversa, mas sempre afetuoso no sorriso e no olhar— e talvez por isso sua voz tenha atravessado gerações da nossa cidade e resistido ao tempo.

Querido pelos colegas artistas, o legado de Evandro Correia permanecerá eterno, como suas canções.

Agora, Conquista se despede de um nome que não será esquecido. Evandro deixa um cancioneiro de sensibilidade, pioneirismo e amor à arte. Um amor que ele cultivou até o fim — e que escolheu, poeticamente, o Dia do Amor para se transformar em saudade.

Evandro sofreu um infarto e desencarnou em seu lar. As últimas homenagens serão prestadas nesta quinta feira,  às 15:30h na CASA RÉGIS PACHECO ao lado da Catedral Nossa Senhora das Vitórias.

SOBRE EVANDRO CORREIA

Cantor, compositor baiano, natural de Vitória da Conquista, Sudoeste da Bahia, nascido em 30 de Abril de 1959, no Bairro Alto Maron, na Rua Duarte da Costa, tendo como professor de alfabetização o Sr. Necino sanfoneiro, estudou nos colégios Adelmário Pinheiro, Maria Viana e Escola Normal, apaixonado por futebol, mas com a música na alma, se encontrou musicalmente quando começou a participar do grupo de jovens da Paróquia São Miguel, tocando nas missas e eventos paroquiais.
Ajudante de pedreiro, officeboy, sapateiro de profissão, em 1980, quando venceu o primeiro Festival Estudantil do Sudoeste da Bahia com a música “Rosa Flor”, de sua autoria, Evandro Correia assumiu a sua veia musical. Em 1982, Evandro Correia seguiu para a capital baiana onde passou a tocar na noite solteropolitana e carioca, interpretando canções da MPB e suas próprias composições dando continuidade as participações em festivais de música pelo país, como, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, sendo premiado em alguns deles. Em 1991 gravou o seu primeiro disco intitulado “Menino da Vida”, em seguida veio “Gema” (1993), “Divindade” (1997)…
30 anos de carreira musical, 11 (Onze) Cd’s gravados e 2 (dois) DVD’s, esses dedicados a mais autêntica “Música Brasileira”. Hoje dono de um estilo próprio, cantor das dores e das alegrias do seu tempo, Evandro Correia percorre antigos e novos caminhos com a fidelidade de quem assimilou as influências das estradas e as transformou numa música singular, forte e coerente com o seu tempo onde o mote principal é o amor e a sua trajetória universal.
Discografia
1991 – Menino da Vida;
1993 – Gema;
1997 – Divindade;
1999 – O mote dela;
2003 – Garimpeiro do sonho;
2004 – Um cancioneiro;
2005 Canta Luiz Gonzaga;
2006 – Canta Trio Nordestino;
2007 – O pulo do gato;
2007 – Evandro Correia – Ao vivo;
2011 – Álbum triplo interativo;
2013 – Canções em mi;
2014 – Seara nordestina;
2015 – Coisas lá de casa;
2016 – Junino;
2017 – Minha canção popular.
Videografia
2015 – Canôro
Gravações e Parcerias
 
Gravou com Dominguinhos, a música “Essa Menina” (Onildo Barbosa) no disco “O Mote Dela” (1999).
Gravou com Celso Adolfo a música “Humildade do Amor” (Evandro Correia) no disco “Minha Nova Cara” (1998).
Xangai (Aquarelas de Caludemiro) (Evandro Correia/Ronaldo Soares)
Paulinho Pedra Azul (Anjo Travesso) (Evandro Correia)
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