Famílias que tiveram seus abrigos improvisados derrubados no feriado do São João fizeram uma manifestação pacífica no Centro Cultural Glauber Rocha, no último sábado (03). Segunda o líder do movimento Asterra, Ednoaldo Dias, o objetivo da manifestação foi reivindicar uma reunião com a prefeita Sheila Lemos.
De acordo com Ednoaldo Dias, a prefeitura não fez o cadastro de nenhum dos moradores. “Pelo contrário, quando entramos na área protocolamos documentos e pedimos reunião com a prefeita. Ela falou com a gente e pediu que o chefe de gabinete nos atendesse. Ele nos atendeu e ficou alinhado que se não fosse naquele local, seria em outro”, explica.
“Passaram uns 30 dias, retornamos lá, sentamos com o procurador do município, protocolamos documentos, pedimos reunião para resolver o problema das famílias, mas não foi atendido, pelo contrário, passaram oito dias e as máquinas chegaram destruindo tudo”, relata Ednoaldo.
Segundo os moradores, ao todo são 309 famílias que vivem no local. Eles seguem no terreno e afirmam que não têm para onde ir.
“A gente construiu de novo e não vamos sair até ela decidir o que vai fazer com a gente aqui”, comenta o reciclador Willian Alves Santos.
A dona de casa Elenilza Santos também continua no terreno. Segundo ela, porque não tem para onde ir.
“Precisa dar um parecer, uma palavra com a gente, porque teve a atitude de fazer uma coisa dessas. Então que ela [prefeita Sheila Lemos] possa aparecer e conversar, para ver qual a situação da gente e o que ela pode fazer”, comenta.
A prefeitura de Vitória da Conquista não se posicionou sobre o protesto das famílias realizado, no último sábado.
A ordem de destruir os barracos partiu do Secretário de Infra Estrutura, Jackson Apolinário Yoshiura.
A prefeitura acusa os ocupantes do terreno de estarem comercializando lotes e diz que no local será construído um equipamento público.
Com informações do G1/BA