A Santa Casa de Misericórdia de Vitória da Conquista (Hospital São Vicente) deu início na noite desta quinta, 31, ao I Seminário Residência Médica. A conferência de abertura contou com a participação do prefeito Herzem Gusmão, da secretária municipal de Saúde, Ceres Almeida, o presidente da Câmara de Vereadores, Hermínio Oliveira, o líder do governo na Câmara, Dudé, o vereador do PT Gilmar Gusmão e claro, o nosso “primeiro ministro” Esmeraldino Gusmão, além de alguns poucos representantes da imprensa local.
Eu estive lá, representando o jornalismo da Clube FM, juntamente com o Diretor Executivo, Washington Rodrigues. Tentei conversar com o Coronel Esmeraldino, mas surpreendentemente, ele disse que só fala agora com autorização da SECOM. Achei estranho, pois jamais o Coronel me negou entrevista, principalmente porque eu já fui seu assessor de imprensa na campanha para prefeitura, quando ele era do PDT.
O fato é que a autoridade mais importante da noite, o prefeito Herzem Gusmão, me atendeu muito bem e de forma espontânea e cordial aceitou responder minhas perguntas, mesmo sem saber previamente quais seriam.
Claro, questionei de primeira, sobre a polêmica taxa de cobrança de lixo e a saída do Arlindo Rebouças da Secretaria de Agricultura. Não toquei no nome de André Ferraro, para não colocar o prefeito na defensiva.
Direto e objetivo questionei Herzem sobre a polêmica cobrança da taxa de lixo. Fiquei surpreso com a sua resposta. A taxa de lixo tem que ser cobrara porque se não ele poderá responder na Justiça por improbidade administrativa. Ele diz na entrevista que tomou um “susto”. Eu também. Estou assustado com o grau de atraso que a cidade está em relação às políticas públicas para o tratamento de resíduos sólidos. Estou mais assustado ainda, com os que ficam querendo passar “mel de coruja” na boca do povão e vender a ideia de que a cobrança da taxa de lixo será apenas “dos grandes poluidores”, entenda-se, empresários locais que provavelmente irão embutir no valor do produto final ao consumidor o ônus desse imposto.
A entrevista com Herzem deixa claro apenas uma coisa: que a taxa não vai ser cobrada este ano. Ele em momento algum, garante que não vai cobrar do povo.E quando sou direto e pergunto se o povão vai ficar de fora da cobrança, sendo esta reservada apenas para as empresas, ele responde, meio desconcertado: “não, perfeito” e depois começa a justificar a cobrança de impostos.
Ouça a entrevista e tire você mesmo suas conclusões: