Nesta terça-feira (26), às 17h, o Santuário São Judas Tadeu, em Aracaju, será palco de uma celebração conduzida pelo arcebispo metropolitano, dom Josafá Menezes. A missa marcará o início oficial do processo de investigação das virtudes cristãs de frei Miguelângelo de Cíngoli, conhecido como frei Miguel, o “Apóstolo de Aracaju”.
Durante a cerimônia, dom Josafá, junto com os representantes responsáveis pela Causa, como o postulador e o vice-postulador, além dos integrantes das comissões do inquérito arquidiocesano, realizará o juramento público que formaliza o início da etapa arquidiocesana do processo de canonização. Essa fase deve durar cerca de um ano, após o qual os documentos serão enviados ao Vaticano para avaliação na chamada fase romana.
Investigações e Comitês
Por decreto, dom Josafá criou um Tribunal de Investigação que ouvirá aproximadamente 50 testemunhas, buscando relatos que ajudem a confirmar as virtudes de frei Miguel. Paralelamente, uma Comissão Histórica foi formada para reunir documentos biográficos e informações relevantes sobre sua trajetória.
Milagres e Canonização
Para ser declarado Beato e receber culto na Arquidiocese de Aracaju, será necessário o reconhecimento de um milagre atribuído a frei Miguel. Para alcançar a canonização, que o reconheceria como Santo em âmbito mundial, seria preciso comprovar um segundo milagre.
Trajetória de Frei Miguel
Frei Miguelângelo de Cíngoli nasceu em 30 de outubro de 1908, na Itália, ingressando no seminário dos Frades Menores Capuchinhos em 1926 e sendo ordenado presbítero em 1934. No ano seguinte, veio para o Brasil, onde desenvolveu uma extensa missão religiosa. Foi enviado à Vitória da Conquista pelo superior provincial da época, o Frei Benjamim de Villagrande e aqui começou sua missão. No município, participou da construção da casa paroquial da catedral metropolitana de Nossa Senhora das Vitórias e, junto ao Frei Egídio de Elcito, desempenhou um notável ofício de construtor e arquiteto. De acordo com sua biografia serviu ainda como Superior da casa e Superintendente das obras da Catedral e do futuro Palácio Episcopal de Vitória da Conquista, contribuindo ainda com o ensinamento de técnicas de construção a alguns pedreiros e mestres construtores da cidade. Posteriormente, Aracaju, onde atuou até seu falecimento em 2013, aos 104 anos. É amplamente reconhecido por sua dedicação e espiritualidade.
Fonte: Arquidiocese de Aracaju.