Por: Igor Novaes (@novaesigor)
Talvez essa seja a pergunta que grande parte da comunidade desportiva da cidade esteja se perguntando. Quando anunciou no ano passado, com grande pompa, que o Conquista voltaria, seus diretores fizeram o esporte de Vitória da Conquista dar um passo importante. A estreia da equipe no Campeonato Baiano Feminino incendiou não só o torneio que há muito tempo sofre com a falta de atenção da mídia, como também uma rivalidade com o já estabelecido Juventude, tradicional na modalideade.
Mesmo não passando da 1ª fase, o Conquista terminou a campanha de forma positiva por começar a demarcar seu território no futebol da cidade, entretanto, os boatos de um retorno do CFC ao futebol profissional começaram a ecoar nos quatro cantos da “Capital do Sudoeste”.
Tais boatos se tornaram intenção da diretoria e mesmo com opiniões divididas entre desacreditados e esperançosos por um novo clube local, a Federação Bahiana de Futebol confirmou em dezembro de 2017, a inclusão do Alvi-Anil na Segunda Divisão do Campeonato Baiano que, inclusive, já está para começar.
E este é o grande motivo desta coluna. Onde está o Conquista? Por quê que faltando menos de um mês para a volta de suas atividades no futebol profissional, nenhum jogador foi anunciado, nem sondado, nem nada disso? Sendo um clube com profissionais da comunicação envolvidos na sua diretoria, talvez o melhor a se fazer não seria comunicar sobre o futuro do clube? Não consigo entender que espécie de fidelização com o torcedor pode haver em um time que existe, mas com comportamento fantasma, enquanto Colo-Colo, Galícia e Cajazeiras – seus principais concorrentes à única vaga no acesso para o Baianão 2019 – já estão a todo vapor contratando e em pré-temporada para suas estreias. Se é pra ter um concorrente à altura do ECPP no futebol profissional conquistense, falta muito ainda, principalmente jogadores.
E qual seria a solução viável? Montar jogadores a partir do futebol amador? Contratar atletas que rodaram pelos clubes da região? Fazer algo totalmente diferente? Não há como saber, não há nada transparente sobre a realidade do clube, tudo o que se sabe é que as dívidas foram sanadas pelo presidente Eduardo Mesquita e seu staff e que o time está inscrito na FBF para este ano, só não podem deixar os torcedores que que viram Piolho, Naldo, Naninho, Isaac, Vitor, Chico Estrela, Tidão e outros tantos, vestindo o azul na mão. A saudade do CFC e do Serrano já não deixa mais o conquistense esperar, então, pelo nada.
Dois Pontos:
Ponto 1:
– “É o poder que o microfone tem”, disse Ederlane Amorim sobre as hipóteses que surgiram no rádio, do clube não disputar a Série D em 2018. Onde houve o furo, no comentário ou na interpretação? Independente disso, a responsabilidade de quem tem o microfone é maior a cada dia.
Ponto 2:
– Simonassi e Maru investindo em divulgação nas redes sociais na contratação de seus atletas. Algo me diz que essa vai ser a temporada mais profissional do futebol amador de Vitória da Conquista.
Só isso, mais nada, esta coluna volta antes que o Conquista FC estreie na 2ª divisão.
Igor Novaes é narrador, apresentador e editor de esportes da Mega Rádio VCA e editor-executivo de Diário Esportivo.