É óbvio que não estamos vivendo um bom momento, é óbvio que é muito mais fácil para mim, na qualidade de comentarista, tecer comentários e dizer soluções.
Não posso desmerecer ou menosprezar a responsabilidade e dificuldades encontradas pelo prefeito no combate à pandemia. Sei que qualquer decisão dada por ele, será questionada, inclusive por mim,e isso torna tudo mais difícil.
Mas tudo pode,ao menos se tornar mais fácil, desde que exista transparência e planejamento.
Hoje, eu não irei criticar nada, não irei apresentar soluções, não irei apontar qualquer erro. Farei diferente! Tentarei oportunizar a transparência e o planejamento com perguntas e, quem sabe assim, ajudo o prefeito a esclarecer, a diminuir a pressão, sobre ele e sobre nós.
Perguntas:
1- Quantos leitos de UTIs temos disponíveis no município?
2- Quantos leitos precisam ser criados?
3- Como se dará a criação desses leitos?
4- Temos algum projeto para criação de um hospital de campanha?
5- Se sim, onde será? Qual será o custo?
6- Temos aparelhos respiradores suficientes?
7- Se não temos, quantos faltam? E quando serão adquiridos?
8- Temos testes para identificação da doença?
9- Se não temos, esses serão comprados?
10- Se forem comprados, teremos um local para testes? Onde será?
11- Temos o número suficiente de profissionais na área de saúde? Quantos? Existe escassez em alguma área? Se sim, quando haverá a contração?
12- Quais serão as próximas medidas? O município irá adotar a última orientação do MP? (Retirada de pessoas das ruas para o cumprimento do Isolamento Social, como forma de reduzir a curva da Pandemia do Coronavírus.)
13- Por que não temos um adiantamento no processo de implantação da GCM?
14- A GCM não poderia fazer um trabalho de orientação e abordagem das pessoas nas ruas para demonstrar a importância do recolhimento domiciliar?
15- Eventualmente, a administração pública atendendo a recomendação do MP, não seria a GCM o órgão mais apropriado para cumprir com a recomendação? (obviamente,em conjunto com a secretária de saúde!).
Espero que tenhamos respostas e que tais respostas possam, como eu já disse, tirar um pouco da pressão existente no ar.
Volto a repetir: sou a favor da quarentena desde que ela sirva para dar tempo ao gestor público para que ele programe o funcionamento do município e, assim, possamos ter condições de voltar ao trabalho, mesmo em meio à pandemia.
Espero que esse tempo esteja de fato sendo utilizado!
Eu e você, caro leitor, aguardamos respostas para que, assim, possamos organizar e programar as nossas vidas.
Prefeito, nos responda! Não é tão difícil assim!
Dr Léo Mascarenhas é advogado e colaborador do BCS