Pequena Eloá inicia acompanhamento no Ambulatório de Epidermólise Bolhosa do Hospital Afrânio Peixoto

Com apenas quatro meses de vida, a pequena Eloá Dias passou a ser acompanhada pelo Ambulatório de Epidermólise Bolhosa (EB) do Hospital Afrânio Peixoto, unidade integrante do Complexo Hospitalar de Vitória da Conquista (CHVC). A bebê, que recebeu o diagnóstico clínico da doença ainda nas primeiras semanas de vida, agora conta com uma rede de cuidado especializada, multidisciplinar e humanizada para seguir sua jornada com mais acolhimento e suporte.

A mãe de Eloá, Eliana Dias, relatou como foi o início dessa descoberta. “Quando ela começou a ter as bolinhas, eu já desconfiava, porque o pai é portador. A gente não quer aceitar, né? Passamos pela dermatologia, achando que era algo infeccioso, mas depois veio o diagnóstico: Epidermólise Bolhosa.” A confirmação trouxe medo e incertezas, mas também o desejo de buscar o melhor para a filha.

Foi pelas redes sociais que Eliana encontrou uma esperança: “Vi uma postagem no Instagram e fui procurar mais informações no Google. Falei com o hospital e consegui o contato. Liguei e ontem (02/06) consegui marcar. Hoje mesmo (03/05) já trouxemos Eloá.” Até então, a bebê não estava recebendo acompanhamento contínuo, e essa chegada ao ambulatório marca um novo capítulo na sua história de cuidados.

O Ambulatório de EB do Hospital Afrânio Peixoto foi estruturado com uma equipe multidisciplinar composta por dermatologista, pediatra, nutricionista, psicóloga e enfermeira especializada em curativos. A dermatologista Gabriela Ribeiro Botelho Dias explica a importância desse atendimento:
“Ter um ambulatório de referência como esse na nossa cidade é um grande avanço, porque atende não só Vitória da Conquista, mas toda a região. A Epidermólise Bolhosa é uma doença rara, genética, que não tem cura e exige um acompanhamento contínuo. A Eloá, por exemplo, teve um diagnóstico precoce, o que é essencial para minimizar as complicações e oferecer mais qualidade de vida.”

A Gabriela Ribeiro também destaca que o ambulatório proporciona algo fundamental para as famílias: acolhimento e orientação segura. “Muitas vezes as mães chegam com dúvidas, angústias, tentando encontrar respostas na internet. Aqui elas têm acesso a um atendimento humano e técnico, com visitas periódicas e com suporte para a obtenção dos curativos e insumos necessários, que são de alto custo e, geralmente, inacessíveis para famílias de baixa renda.”

No primeiro atendimento, Eloá já recebeu os cuidados necessários, incluindo orientações sobre os curativos e a continuidade do aleitamento materno. A previsão é que o acompanhamento aconteça a cada três meses, com avaliações completas, incluindo a parte nutricional, fundamental para o desenvolvimento da criança.

Eliana compartilhou a emoção e a esperança com o novo suporte:
“Fiquei um pouco receosa, mas já sabia que podia acontecer. Agora, com esse serviço, a gente fica mais esperançosa. O atendimento foi excelente. Fui muito bem acolhida. Saber que a minha filha vai ter acompanhamento aqui dá um alívio enorme.”

O início do acompanhamento de Eloá representa mais do que um novo paciente para o Ambulatório de EB. É o reflexo de um cuidado que começa a transformar realidades — com diagnóstico, tratamento, empatia e a certeza de que ninguém está sozinho nessa jornada.

Ascom do HGVC

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