A Petrobras entregou nesta terça-feira (3) uma micro usina de produção de oxigênio para o Hospital Regional Crescêncio de Oliveira, localizado em Vitória da Conquista, sudoeste baiano. O equipamento é útil para unidade hospitalar ficar autossuficiente na produção do oxigênio medicinal consumido e a doação tem o objetivo de ajudar a sociedade no combate à pandemia de covid-19, uma vez que i tratamento da doença requer o uso desse gás.
A micro usina deve começar a funcionar em 40 dias. Ela tem capacidade de produzir 25 metros cúbicos de oxigênio por hora. Esse volume é suficiente para atender 100 leitos, sendo 21 de UTI, e representa até 80% do consumo médio de um hospital, dependendo do tamanho da unidade.
No total, serão 12 usinas doadas pela empresa, num investimento de R$ 10 milhões. Antes, a empresa já tinha entregue ao estado cilindros e dois tanques grandes de oxigênio medicional. Quem escolheu o hospital que recebeu a micro usina foi a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Essa não é a primeira usina de oxigênio instalada num hospital baiano durante a pandemia. Em Ribeira do Pombal, no nordeste do estado, o CORREIO mostrou que a instalação de dois equipamentos do tipo permitiu que não faltasse oxigênio na cidade durante o pior momento da pandemia. Em Pombal, a usina tem a capacidade de encher, a cada duas horas, quatro cilindros com 10 metros cúbicos.
“Foi uma sacada muito boa a de instalar os equipamentos. Uma iluminação! Eu insisto que, se Manaus tivesse feito isso, não viveria um caos”, argumenta Danilo Matos, diretor executivo do Consórcio de Saúde Nordeste II (Coisan), que administra o Hospital Geral Santa Teresa, localizado em Ribeira do Pombal.
Oxigênio é essencial no tratamento da covid-19
Com aumento na demanda por oxigênio medicinal por causa da covid-19, vários pacientes começaram a morrer com falta de ar. É que o oxigênio é essencial no tratamento da doença. Segundo o médico intensivista Murilo Ramos, professor da Rede UniFTC, o sistema de saúde tem que garantir o fornecimento do insumo.
“A covid é uma doença que gera baixa oxigenação no sangue. A melhor forma disso ser combatido, a curto prazo, é dar mais oxigênio para o paciente respirar. Se tem baixa oxigenação no sangue, vamos ofertar uma quantidade maior do que existe no ambiente”, explica. No ar atmosférico, a concentração de oxigênio é de apenas 21%.
“Para fornecer oxigênio, a gente usa os mais diversos mecanismos, desde cateter nasal até a intubação. Cada um desses itens tem uma determinada concentração. Quanto mais invasivo o procedimento, maior a quantidade de oxigênio fornecido. O paciente intubado recebe até 100%, ou seja, respira completamente pelo oxigênio medicinal”, relata.
Fonte: Ministério da Saúde e Correio*