Após deliberar em assembléia realizada na última quinta-feira, 09, os professores do Estado da Bahia decidiram por um estado permanente de mobilização e paralisação das suas atividades nesta segunda-feira (13) e amanhã. De acordo com nota distribuida à imprensa, o governo Jerônimo Rodrigues (PT) tem sido insensível na discussão da pauta de negociações com a categoria. Os professores consideram a proposta de reajuste “vergonhosa”.
Ainda de acordo com a APLB, “nos últimos 9 anos, os professores do estado da Bahia tiveram perdas salariais avassaladoras comprometendo de maneira direta e ofensiva a qualidade da educação no estado. O projeto de lei do reajuste do piso apresentado pelo governo do estado é desrespeitoso e imoral com aprovação, sem consulta prévia à categoria de apenas 5,69% de reajuste salarial dividido em 3 parcelas, valor muito inferior se comparado aos anos anteriores. Somado a tanto é imprescindível destacar que no estado da Bahia alguns professores possuem vencimentos fora do piso nacional, situação ainda mais agravada já que o piso salarial dos professores encontra-se extremamente defasado e com perdas exponenciais ao longo dos últimos anos”.
Confira abaixo a íntegra da nota enviada pela APLB ao nosso blog:
Governo do Estado da Bahia apresenta proposta de reajuste salarial vergonhosa e as atividades docentes ficam paralisadas nos próximos dias 13 e 14 de maio
Os professores do Estado da Bahia realizaram na última quinta-feira, 09, assembleias em suas respectivas delegacias e territórios para definir um estado permanente de mobilização e paralisação das suas atividades nos próximos dias 13 e 14 de maio. A insensibilidade do governador do estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues em discutir e atender de forma justa e honesta a pauta de negociações com a categoria se apresenta, mais uma vez de forma vergonhosa e vem sendo arrastada e deixada de lado desde o inicio do corrente ano.
Nos últimos 9 anos, os professores do estado da Bahia tiveram perdas salariais avassaladoras comprometendo de maneira direta e ofensiva a qualidade da educação no estado. O projeto de lei do reajuste do piso apresentado pelo governo do estado é desrespeitoso e imoral com aprovação, sem consulta prévia à categoria de apenas 5,69% de reajuste salarial dividido em 3 parcelas, valor muito inferior se comparado aos anos anteriores. Somado a tanto é imprescindível destacar que no estado da Bahia alguns professores possuem vencimentos fora do piso nacional, situação ainda mais agravada já que o piso salarial dos professores encontra-se extremamente defasado e com perdas exponenciais ao longo dos últimos anos.
Contrariando os encaminhamentos já realizados por outros estados, como por exemplo, o governo do estado do Ceara que realizou o pagamento dos precatórios do FUNDEF em sua integralidade, o governador da Bahia invisibiliza a pauta de negociações dos professores. O empenho por parte do governo, no pagamento dos precatórios e seus respectivos juros de mora é vergonhoso. O governador, Jerônimo Rodrigues tem tratado o tema do pagamento dos precatórios de forma desprezível e desonesta, sem o pagamento dos juros de mora, parcelado e apenas 60% de um montante que já se encontra devidamente depositado nos cofres públicos desde o inicio do ano passado. Somado a tanto os projetos de lei que defendem os direitos da categoria são encaminhados sem a participação e discussão dos professores demonstrando, mais uma vez uma atitude de caráter extremamente autoritária.
Dessa forma a campanha salarial dos professores do estado da Bahia reivindica um reajuste salarial digno para os professores, reformulação do plano de carreira, garantia de uma assistência a saúde do professor de maneira digna, com um plano de saúde que atenda verdadeiramente as demandas da carreira docente. O cenário da carreira do professor do estado da Bahia se encontra devastado, o plano de carreira sofreu grandes prejuízos e as intertíces financeiras sofreram decréscimo em todos os graus.
Portanto os professores paralisam suas atividades para que este achatamento da tabela do piso salarial do professor seja reformulado de forma urgente, cobrando do governador do estado da Bahia um tratamento justo e honesto para que esses direitos sejam pagos em sua integralidade, sem parcelamentos e com respeito à categoria.
Redigida pela jornalista Pollyana Cardoso DRT: 2297, assessora de imprensa da APLB