Que profissão é essa? O jornalista e a informação de qualidade
O que está acontecendo no dia a dia? Dominar a escrita textual, atuar de forma ética e ser capaz de dialogar com os mais variados assuntos sociais fazem parte da atuação do jornalista, profissional formado, desde 1996, pela Uesb. Müller Nunes é um deles. Formado há mais de dez anos no curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, da Instituição, ele exerce, diariamente, esse papel nas telas da TV.
Atualmente, Müller traz informações, como repórter, pelos telejornais da TV Bahia, emissora localizada na cidade de Salvador. “O grande desafio é entrar com vários assuntos diferentes, ao vivo ou gravado, e render conteúdo de qualidade. Então, é necessário ter repertório, leitura, fontes. É um desafio diário”, conta.
Com experiência em outras emissoras de TV, transitando entre produção, reportagem e apresentação, Müller lembra que a formação acadêmica foi essencial para sua atuação na área. “A Uesb foi fundamental na minha formação teórica e prática, por conta de todos os professores e mestres que eu encontrei nesse caminho, que são pessoas preparadas para trazer um arcabouço teórico, trabalhando ética e fazendo pensar, sociologicamente, no jornalismo que eu faço hoje”, relata.
Mas o jornalismo vai além da TV. O profissional formado nessa área pode atuar em emissoras de rádio, sites de notícia, revistas e jornais impressos, assessorias de comunicação e de imprensa e, mais recentemente, em plataformas de mídias sociais. Da produção de conteúdo, passando por reportagem e apresentação, redação, revisão textual e edição, as funções desenvolvidas por esse profissional também são muitas.
“O jornalista é um profissional polivalente. Existe uma infinidade de possibilidades de atuação dentro de empresas que produzem conteúdo jornalístico tradicional. Além disso, existe um mercado que se abriu muito. Hoje, o jornalista pode produzir o seu próprio conteúdo como autônomo e atuar nas diferentes plataformas de redes sociais, como YouTube, Instagram, Facebook, TikTok”, exemplifica a professora Carmem Carvalho, coordenadora do curso, lembrando, ainda, do potencial de empreender que a profissão possibilita.
Nessa expansão do virtual e das plataformas digitais, a desinformação também ganhou proporções expressivas. É nesse contexto que o papel do jornalista deve ser ainda mais valorizado, com a transmissão de informações confiáveis e de conteúdos relevantes socialmente. “A nossa proposta é formar um jornalista que trabalhe de forma ética e, também, que contribua para fornecer um conteúdo de qualidade para a comunidade local e onde ele for atuar”, defende Carmem.
O curso na Uesb – Criada em 1996, a graduação já formou cerca de 600 jornalistas, que vêm atuando em diversas cidades do país. Até 2017, a formação na Uesb era em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. No mesmo ano, a Universidade aprovou a mudança para o bacharelado em Jornalismo, com formação teórica e prática mais direcionada para a atuação jornalística. A primeira turma com a nova formação ingressou em 2018.
O curso funciona no campus de Vitória da Conquista e tem duração de 8 semestres. As aulas são realizadas no turno matutino e a grade curricular trabalha com disciplinas teóricas e oficinas práticas, dialogando o Jornalismo com a Comunicação, Sociologia, Fotografia, Audiovisual, processos de escrita, entre outros campos.
“A gente tem direcionado esse aluno para que ele saia com uma consistência teórica e, também, com um entendimento da prática. Hoje, temos um mercado em mutação constante e esse profissional precisa estar preparado para lidar com todas essas mudanças”, pontua Carmem.
Na reta final da graduação, os estudantes devem realizar Estágio Curricular Supervisionado, em empresas e instituições de Jornalismo, uma forma de ampliar a experiência profissional e dialogar com esse mercado de trabalho antes mesmo da conclusão do curso. Além disso, é necessário apresentar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que pode ser a tradicional monografia ou um produto com proposta jornalística junto a um memorial descritivo.
Fotos: ASCOM/UESB
Reportagem Patrick Moraes (ASCOM/UESB)