Fevereiro é o prazo para que a reforma da Previdência seja votada no Congresso Nacional. Em discussão desde meados do ano passado, o assunto ainda tem gerado dúvidas na população e o governo ainda luta para conseguir os 308 votos favoráveis.
O vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur, comenta que falta mais empenho dos parlamentares para aprovar o texto.
“Está faltando é compromisso dos deputados e deputadas para que votem essa reforma que é extremamente necessária para o Brasil.”
De acordo com informações do Ministério da Fazenda, ainda há muitos mitos sobre o assunto. Entre eles, o do envelhecimento da população, que pode piorar o problema do setor caso não seja tomada nenhuma providência. De acordo com publicação da OCDE, em 2050, o Brasil terá 17% do PIB comprometido só com pagamentos de aposentadorias se não houver mudança.
Outro mito, segundo a Fazenda, é o das empresas devedoras. De acordo com as informações, mesmo que toda a dívida das empresas devedoras fosse cobrada, ainda assim não seria possível cobrir o déficit.
Sobre a instituição de uma idade mínima, o governo esclarece que os brasileiros terão tempo de desfrutar do benefício. Segundo o IBGE, a expectativa de vida das pessoas na década de 40 era de 45,5 anos e passou, em 2016, para 75,8, além de ter aumentado também a chance de sobrevida. O financista Marcos Melo comenta.
“As pessoas estão considerando a previdência como um prêmio. ‘Ah, eu vou trabalhar até os meus 55 anos, porque depois disso eu não vou mais trabalhar e vou receber.’ Mas com 55, 60 anos você ainda está com grande produtividade hoje em dia. No passado não, mas hoje você está ainda com grande produtividade.”
Ainda segundo informações do ministério, a reforma vai estipular o mesmo teto de aposentadoria para servidores federais e da iniciativa privada, que seria de pouco mais de cinco mil e quinhentos reais. Atualmente, servidores federais podem receber até os valores integrais dos salários.
Reportagem, Jalila Arabi.