Trabalhador poderá cancelar contribuição sindical pela internet: entenda o que muda

A Câmara dos Deputados aprovou  uma mudança importante nas regras sobre contribuição sindical: a partir da nova proposta, o trabalhador poderá cancelar o desconto diretamente pela internet, sem precisar comparecer fisicamente ao sindicato.

A medida foi incluída como emenda no Projeto de Lei 1663/23, aprovado nesta terça-feira (10) e que agora segue para análise no Senado. A mudança está sendo vista como uma forma de facilitar a vida do trabalhador e ampliar sua autonomia sobre o próprio salário.

Como funcionará o cancelamento digital da contribuição sindical

A nova regra determina que o trabalhador poderá solicitar o cancelamento da contribuição sindical por:

  • E-mail;
  • Aplicativos com autenticação digital autorizados;
  • Plataformas oficiais do governo, como o Gov.br;
  • Sites e aplicativos dos próprios sindicatos.

O pedido deverá ser atendido em até 10 dias úteis. Se o sindicato não responder dentro do prazo, o cancelamento será considerado automaticamente aceito.

O que dizem os defensores da proposta

Parlamentares que apoiam a mudança argumentam que ela representa mais liberdade e dignidade para o trabalhador brasileiro. O autor da emenda, deputado Rodrigo Valadares (União-SE), afirmou:

> “É inadmissível que o trabalhador precise enfrentar filas ou burocracias para dizer que não quer contribuir. Agora, com poucos cliques, ele poderá exercer seu direito.”

Segundo ele e outros apoiadores da emenda, como Mauricio Marcon e Zucco, essa facilidade impede abusos e evita que trabalhadores sejam forçados a contribuir sem desejar.

Reações contrárias: sindicatos e oposição criticam

A proposta, no entanto, foi criticada por parte dos deputados da base governista e por entidades sindicais, que afirmam que a medida pode enfraquecer os sindicatos e comprometer a representação dos trabalhadores.

O relator do projeto, deputado Ossesio Silva (Republicanos-PE), tentou barrar a emenda e declarou:

> “Essa alteração interfere na autonomia das entidades sindicais e gera insegurança jurídica.”

Já o deputado Helder Salomão (PT-ES) classificou a medida como “um grande golpe contra os sindicatos”, afirmando que decisões desse tipo deveriam passar por um debate mais amplo com representantes das categorias.

O que acontece agora?

O projeto, com a emenda aprovada, será encaminhado para o Senado Federal, onde pode ser alterado, aprovado integralmente ou rejeitado. Se passar, a nova regra poderá mudar a relação entre trabalhadores e sindicatos em todo o país.

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