A travesti Raphaela Souza, de 32 anos, foi assassinada a tiros no fim da noite da quarta-feira (14), no conjunto habitacional Pau Brasil, bairro Miro Cairo. Raphaela foi coordenadora do Coletivo Finas de travestis e transexuais e trabalhou na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), contratada depois de seleção pública. Ela dava aulas de cabeleireira para mulheres inscritas no programa Bolsa Família.
Em menos de 15 dias é o segundo assassinato de travesti na cidade. No último dia 07, duas travestis foram vítimas de um atentado nas proximidades do Anel Rodoviário Jadiel Matos Leste. Uma delas, Elisângela, foi atingida na região da cabeça e morreu na hora. Já a segunda travesti, conhecida como Duda, sobreviveu. Em depoimento à polícia, Duda contou que os criminosos filmavam toda a ação enquanto atiravam em direção a cabeça delas. Após os disparos, eles fugiram do local.
Por meio de nota, a Coordenação Municipal de Políticas de Promoção da Cidadania e Direitos de LGBT informou que vai acompanhar as investigações e que lamenta profundamente as mortes de Raphaela Souza e de Elisângela. Disse ainda que “acredita no trabalho sério e competente da Polícia para esclarecer os crimes”
A Bahia é o terceiro estado no Brasil que mais mata travestis.Não se sabe ainda se o crime está relacionado com homofobia ou outro motivo.O caso está sob investigação da polícia.