O Blog do Caíque Santos apresenta uma série de reportagens sobre o transporte público nas cidades brasileiras. O objetivo é informar como as prefeituras de outras cidades do Brasil estão lidando com a crise no setor durante a pandemia.
Desta vez, acompanhe o que está ocorrendo em Foz do Iguaçu, no Paraná.
O setor de ônibus urbanos será um desafio para os prefeitos eleitos logo no início de seus mandatos, em 2021. Com prejuízos acumulados de R$ 7,18 bilhões até outubro e demanda ainda reduzida a patamar entre 40% e 60% da média histórica nas capitais e regiões metropolitanas — após chegar a 20% nas primeiras semanas da crise do coronavírus —, o setor deve buscar junto ao poder público o reequilíbrio de contratos na rodada de reajustes tarifários que tem início em janeiro.
Para o setor de ônibus e especialistas em transporte público, a pandemia agravou o quadro de desequilíbrio financeiro do setor e deveria ser usada como uma oportunidade para que o modelo de geração de receitas baseado principalmente no pagamento de tarifas pelos usuários seja rediscutido.
O prefeito em exercício de Foz de Iguaçu, no Paraná, Nilton Bobato, anunciou nesta quarta-feira, 02 de dezembro de 2020, a intervenção no sistema de transportes coletivos.
Segundo Bobato, superlotação e falta de qualidade dos serviços motivaram a ação.
Em entrevista veiculada pelas redes sociais oficiais, o prefeito disse que a intervenção começa nesta quinta-feira (3) e vai durar seis meses inicialmente, podendo terminar antes ou ser prorrogada.
A frota, que hoje é de 72 ônibus em operação vai, nas primeiras semanas, ser de aproximadamente 100 coletivos, chegando ao longo da intervenção a 158 ônibus;
O interventor nomeado é o engenheiro Rafael Carnboeira que garantiu que será regularizada a situação dos funcionários dos transportes, com o pagamento do 13º salário e vale-alimentação atrasados, além da manutenção dos salários da categoria.
O salário do interventor será pago pelo Consórcio Sorriso, operador do sistema.
Fonte: Diário do Transporte