O número de golpes aplicados contra aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) aumentou 29,04% em 2017.
Segundo levantamento feito pela Secretaria de Previdência Social, até 26 de dezembro foram feitas 1.222 denúncias de fraudes contra beneficiários à Ouvidoria do órgão. Em 2016, haviam sido feitas 947 denúncias.
Qual o golpe mais frequente?
O golpe mais frequente, segundo a secretaria, funciona assim: um criminoso liga para a vítima e diz ser integrante do Conselho Nacional de Previdência (CNP). O fraudador afirma que a pessoa tem direito a receber valores atrasados – geralmente, grandes quantias de dinheiro – e pede que a vítima ligue para um número de telefone.
Quando a vítima faz a ligação, os criminosos pedem que sejam informados dados pessoais do segurado e solicitam um depósito em uma conta bancária para liberar um pagamento que não existe.
Como evitar cair em golpes?
A Previdência não pergunta dados pessoais das pessoas por e-mail nem por telefone, e também não cobra nada para prestar atendimento nem realizar seus serviços.
Veja a seguir algumas recomendações para evitar cair em golpes:
1 – Não utilizar intermediários para entrar em contato com a Previdência e, em hipótese alguma, depositar qualquer quantia para ter direito a algum benefício previdenciário;
2 – Caso precise tirar dúvidas sobre o seu benefício, o cidadão pode telefonar para a central 135 e agendar uma visita a uma agência da Previdência Social;
3 – Não fornecer dados pessoais para outras pessoas, já que estes dados podem ser utilizados para diferentes tipos de fraude;
se for abordado por alguém, registre imediatamente um boletim de ocorrência na Polícia Civil e comunique o fato à Ouvidoria da Previdência Social pelo telefone 135 ou pela internet.
Outras abordagens
A abordagem dos criminosos pode variar. Há situações em que eles enviam documentos a segurados convocando-os para uma falsa “Chamada para Resgate”. Na carta, dizem que a pessoa tem direito a resgatar valores.
Em outros casos, a quadrilha entra em contato com o beneficiário e diz que ele tem direito a receber precatórios, mas que, para isso, precisa entrar em contato com um número de telefone informado para liberação do valor.
Há, ainda, fraudes em que os criminosos enviam ofícios e comunicados em nome da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), autarquia vinculada ao ministério da Fazenda, orientando aos participantes e assistidos sobre o direito de resgate de contribuições de planos de aposentadoria complementar. Para isso, também solicitam informações pessoais ou bancárias dos cidadãos, cobrando pelos serviços prestados ou custas judiciais.
Fonte: UOL