Os Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil, representados pelo Sindireceita, lançaram na terça-feira, dia 11, na Câmara dos Deputados, a campanha “Progresso da Nação – Reformas Inteligentes para um Brasil justo”, que tem por objetivo contribuir com propostas que visam tornar mais simples e justo o sistema tributário e mais eficiente o controle aduaneiro e de fronteiras no país. O presidente do Sindireceita, Geraldo Seixas, destacou que com a campanha, os Analistas-Tributários contribuem com as discussões relativas à reforma da Previdência e à reforma Tributária.
Para marcar o lançamento da campanha, o Sindireceita promoveu um debate que contou com a participação da advogada Thais Riedel, que é mestre em direito previdenciário, e o economista Paulo Nogueira Batista Júnior, que entre 2015 e 20107, ocupou em Xangai, a vice-presidente do Banco dos Brics, banco de desenvolvimento multilateral, operado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e foi diretor executivo no Fundo Monetário Internacional (FMI) pelo Brasil e outros países em Washington de 2007 a 2015.
Também foi lançado o projeto Mais Simples Mais Justo, que propõe a tributação da base de sonegadores e o reequilíbrio do sistema tributário nacional. O diretor de Estudos Técnicos do Sindireceita, Eduardo Schettino, destacou que com esse estudo a categoria pretende apontar caminhos para reduzir a grave crise fiscal que paralisa a economia do país. “A tributação da base de sonegadores, ou da economia subterrânea, no Brasil possibilitaria a arrecadação de mais de R$ 3 trilhões em 10 anos, dinheiro suficiente para reequilibrar a Seguridade Social, garantir as aposentadorias e incentivar a geração de emprego e renda no País. O projeto tem como premissas a garantia de recursos suficientes para a manutenção do Estado, a redução do esforço tributário do setor produtivo e o incentivo à competitividade econômica com vistas ao reequilíbrio fiscal da União, Estados e Municípios, que têm sido severamente comprometidos por ajustes nas bases da arrecadação”, explica Schettino.
A proposta dos Analistas-Tributários é também uma alternativa à reforma da Previdência (PEC 06/2019) defendida pelo governo federal, que ignora graves distorções no sistema tributário brasileiro, não prevê novas fontes de financiamento para Seguridade Social e acarretará impactos negativos sobretudo aos trabalhadores de baixa renda no País. Conheça o projeto Mais Simples Mais Justo.