Após conceder férias coletivas aos seus empregados nas diversas unidades de produção na região de Itapetinga, a Indústria de Calçados Renata Mello concluiu o processo de demissão em massa e acabou encerrando as atividades sexta-feira (8).
De acordo com informações do sindicato que representa a categoria dos calçadistas, foram aproximadamente 1.800 demissões nas unidades de Itapetinga, Itarantim, Maiquinique, Macarani e Potiraguá, um verdadeiro baque econômico em plena pandemia do Coronavírus, período de extrema escassez de empregos, segundo o Sudoeste Hoje.
Em nota a a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE) informou que, mesmo mantendo os incentivos fiscais, galpões e apoio institucional, foi comunicada sobre a demissão dos funcionários da fábrica de calçados Renata Melo, do Grupo Suzana Santos, nas seis unidades instaladas na Bahia, nos municípios de Maiquinique, Itarantim, Potiraguá, Macarani e Itapetinga (duas plantas).
“A pasta lamenta o fato ocorrer em meio à uma grave pandemia que atinge o mundo inteiro e a Bahia, mas assegura que tem prospectado investimentos para o Estado, que resultarão na geração de novos postos de trabalho”, diz a nota.
A SDE informou também que foram assinados 20 protocolos de intenções, de janeiro até a primeira semana de maio deste ano, com um volume de investimentos em torno de R$ 1,5 bilhão e previsão de gerar 1,2 mil novos empregos diretos e que além disso, há 367 empreendimentos em processo de implantação na Bahia, incentivados pelo Governo do Estado, que aportarão R$ 36 bilhões em investimentos e podem criar 49,5 mil empregos diretos até 2022.
A pasta informou ainda que, em contato com o Grupo Suzana Santos, foi assegurado o pagamento de todos os direitos trabalhistas aos funcionários e que a decisão não significa o fim das atividades na Bahia, mas uma pausa para que a empresa se recupere economicamente, tão logo passe a crise de saúde pública devido ao Covid-19.