Desde o seu lançamento, o Pix tem sido um sucesso, com mais de 26 bilhões de transferências realizadas. No entanto, um novo malware tem gerado preocupações em relação ao uso do serviço.

Chamado de BrasDex, o vírus foi descoberto em dezembro e já causou prejuízos de milhares de reais. Ele infecta dispositivos Android e altera o destinatário e o valor originalmente enviado pelo Pix. Vários bancos foram afetados, incluindo Bradesco, Caixa, Nubank e Itaú, e mais de mil vítimas foram identificadas.

De acordo com o programador Bendev Junior, o vírus não explora falhas no sistema do Pix, mas vulnerabilidades do próprio celular do usuário. Algumas medidas simples podem ajudar a se proteger, como evitar abrir links suspeitos recebidos por Whatsapp ou SMS, não instalar aplicativos de fontes não oficiais, não conceder acesso total a aplicativos suspeitos e ter um antivírus atualizado instalado no dispositivo.

Bendev Junior explica que o vírus identifica os aplicativos bancários instalados no celular do usuário e se mantém “escondido”, aguardando que sejam acessados. Então, ele utiliza o acesso que possui ao dispositivo para alterar as informações da transação. O vírus também é capaz de identificar se o chip telefônico do celular é brasileiro. Caso não seja, ele não funciona.

A principal falha de segurança que permite a ação do vírus não vem do Pix nem do aplicativo das instituições financeiras, mas sim do próprio dispositivo do usuário.

Se você cair nesse tipo de golpe, entre em contato com seu banco para pedir o reembolso, não realize mais transferências pelo dispositivo e procure um técnico especializado para eliminar o vírus. Já foram afetados aplicativos de 10 instituições financeiras.