O suspeito de matar a facadas uma criança de 5 anos na porta de uma escola em Betim, Minas Gerais, foi ouvido na tarde dessa quarta-feira (30/10/2019) pelo delegado titular da Delegacia de Homicídios de Betim, Otávio de Carvalho. Ele confessou que, depois de esfaquear Ieda Isabella Manoel Peres, deixou o local, mas decidiu retornar cerca de dez minutos depois para arrancar fora a cabeça da menina, mas foi dominado e agredido pela população que ficou revoltada. As informações são do jornal O Tempo.
No depoimento, o homem contou que saiu de casa logo cedo com uma faca de cozinha e, quando a vitima passou na rua com a babá, acertou o primeiro golpe nas costas da menina. A mulher tentou defender a criança e ele, ainda assim, desferiu mais três golpes no tórax e na região do pescoço de Ieda. A criança morreu no local.
O autor do crime foi levado ao hospital com ferimentos leves e preso pela polícia. O homem tinha várias leões na boca, cortes na perna e no pescoço. Disse ter sido agredido pela população com um pedaço de madeira e com um capacete. Uma pessoa também o atropelou com um carro. Na Delegacia de Homicídios, foi autuado por homicídio duplamente qualificado.
Disse que teve um surto e ouviu algumas vozes que o mandaram matar a criança.
Identificado como Moabe Edon Souto, 25, ele já responde por um furto em 2016, quando foi preso em flagrante, um roubo no ano passado, e tráfico de drogas. O homem estava preso e usava tornozeleira eletrônica. O suspeito deixou a prisão em agosto deste ano, quando recebeu a liberdade provisória.
À polícia, Moabe disse que teve um surto e ouviu algumas vozes que o mandaram matar a criança. Ele fala que não conhecia a vitima e andava pela rua quando a viu caminhando de mãos dadas com a babá e o irmão de 7 anos. Em nenhum momento o suspeito tentou atacar a babá ou o menino.
No depoimento, ele contou ainda que é usuário de cocaína e de crack. Falou que usou drogas pela manhã, antes do crime. A família negou, disse que ele não tinha dinheiro para comprar drogas, pois estava desempregado.
A família disse para o delegado que o suspeito faz tratamento psiquiátrico e tomava medicação controlada, apresentando receituários médicos que serão juntados no processo. Para a polícia, ele agiu de forma consciente e sabia o que estava fazendo.
O suspeito respondeu todas as perguntas feitas pelos investigadores. Questionado se estava arrependido, disse que sim.