Governo de transição vai propor ‘bolsa internet’ para universalizar acesso

O governo Lula pode implementar uma espécie ‘bolsa internet’. O nome não seria esse, necessariamente, mas a ideia é que os brasileiros de baixa renda que estão inscritos no CAD Único, possam ter condições de acessar a internet banda larga via fibra ótica ou a cabo.

De acordo com  levantamento do IDEC, dos cidadãos das classes D e E já conectados, 90% utilizam a internet só pelo celular e com pacotes limitados.

“O presidente Lula pediu um Luz para Todos para internet e, após diagnóstico do grupo de trabalho, chegamos à conclusão de que a prioridade é baratear o acesso por banda larga, já que muitas pessoas não estão conectadas por causa do preço”, disse Paulo Bernardo, coordenador do grupo de trabalho de Comunicação e ex-ministro das Comunicações e do Planejamento.

Um dos motivos da propagação das fake news é o fato de muitos só terem acesso aos pacotes de whatsapp e facebook libres e ficam sem opções de acessar outros links para confirmar a veracidade dos textos que recebem.

Além do ‘bolsa internet’, o programa do GT para universalização de acesso à internet inclui investimento em infraestrutura para conectar zonas rurais e áreas remotas com banda larga e satélite, expansão de acesso nas escolas e colaboração com pequenos provedores de banda larga.

Em segundo plano está a ideia de discutir com as operadoras mudanças nos pacotes mais baratos, que oferecem zero rating para uso de WhatsApp, Facebook e outros, mas pacotes de dados limitados e caros para todo o resto do acesso. Uma ideia seria emular o Chile, com redução nos preços dos dados ou estabelecimento de volume mínimo de dados nos pacotes. Mas, por ser uma negociação delicada, será deixada para depois.

Em 2017, o então presidente Michel Temer (MDB) lançou um satélite para prover banda larga para municípios sem acesso.

Os planos de universalização ajudaram a aumentar o número de municípios com acesso a banda larga, mas a cobertura ainda está longe dos parâmetros mundiais, e as velocidades, também.

Com informações da Folha de SP e Jornal de Brasília

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