MDB não abrirá mão da candidatura de Lúcia Rocha a prefeita de Vitória da Conquista, diz colunista do Correio*
Nem vem que não tem
Principais caciques do MDB na Bahia, os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima reafirmaram ao comando petista que o partido não abrirá mão da candidatura de Lúcia Rocha a prefeita de Vitória da Conquista para beneficiar o deputado federal Waldenor Pereira, nome do PT na disputa pelo terceiro maior colégio eleitoral do estado. Ambos argumentam que a sucessão em Conquista nunca foi condição para a escolha do vice-governador Geraldo Júnior como candidato da base aliada em Salvador e que Lúcia, vereadora campeã de votos em 2020 e grande força do MDB na cidade, aparece bem à frente de Cardoso nas pesquisas de consumo interno encomendadas pelas siglas do arco governista.
Só interferência do governador evita vitória de petista na disputa por vaga do TCM
Lideranças das bancadas do governo e da oposição apostam que o deputado estadual Paulo Rangel (PT) só perderá a corrida pela próxima vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) se o governador Jerônimo Rodrigues interferir em favor do também deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) ou outro aliado, errar na condução do processo ou deixar que os parlamentares decidam o jogo por conta própria. No momento, Rangel é tido como favorito a ocupar o espaço que será aberto no TCM depois de amanhã com a aposentadoria do conselheiro Fernando Vita, mas a avaliação é de que o resultado dependerá da postura de Jerônimo.
Tudo é possível
Caso o governador mantenha distância do duelo, Rangel pode patinar na resistência da Casa a entregar pela terceira vez seguida a cota do Legislativo no tribunal a um petista – antes, o ex-deputado federal Nelson Pelegrino e a ex-primeira-dama Aline Peixoto foram nomeados. Nesse cenário, o voto secreto para o TCM torna o desfecho imprevisível.
Sem conversa
O deputado estadual Pablo Roberto, pré-candidato do PSDB à prefeitura de Feira de Santana, garantiu ontem à coluna que jamais dialogou com o ex-prefeito José Ronaldo (União Brasil) sobre uma eventual aliança para 2024 e descartou qualquer hipótese de negociação entre os dois no primeiro turno. “Ele segue o caminho dele, e eu sigo o meu. Vamos ver no que dá. Se houver segundo turno, é outra história. Até lá, nada feito”, disparou o tucano.
Stand by
Às vésperas do fim do prazo de 15 dias previsto na legislação, Jerônimo Rodrigues ainda não havia nomeado o promotor de justiça Pedro Maia para o posto de chefe do Ministério Público da Bahia (MP). Em declarações concedidas ontem à imprensa, o governador alimentou dúvidas sobre o futuro de Maia, eleito pelos membros do MP com 98% dos votos, ao afirmar que precisaria consultar os assessores jurídicos para decidir.
Das duas, uma
Por lei, o governador tem 15 dias, contados a partir da eleição do MP, para oficializar a nomeação. Após o prazo, o vencedor nas urnas, é automaticamente conduzido ao cargo de procurador-geral de Justiça, mesmo se ele tiver sido candidato único, caso de Pedro Maia.
Reprodução da Coluna Satélite, do jornalista Jairo Costa (Correio*)