Por Raphael Canguçu
Antes de entrar em qualquer batalha é necessário conhecer seu adversário, suas táticas, em qual terreno se dará o conflito, quem são seus combatentes. E em 2018, na próxima disputa eleitoral a batalha será ideológica.
Todos os bons contendentes no passado escolheram seus inimigos e deixaram bem claro como resolvê-los. Os republicanos, da era Sarney, tiveram os militares e seu regime que tolhia a liberdade. Os sociais democratas, de FHC, escolheram o monstro inflacionário. Já os socialistas, da era Lulo-Dilma, mais acentuada em sua segunda representação, focaram na velha balela da lutas de classes e da desigualdade social.
Mas todos eles acreditavam num estado FORTE, ROBUSTO, e acabaram por criar um estado INEFICIENTE, GASTADOR e BUROCRÁTICO, e teve seu auge na “nova matriz econômica”, que foi na verdade mais do mesmo vivido pelos falidos e fracassados regimes socialistas.
A globalização é realmente maravilhosa, o acesso à informação, a internet, os celulares e computadores, as redes sociais, tudo produzido por nós,mulheres e homens, cidadãos livres e pensamentes, e não por um órgão governamental. E tudo isso e muito mais, feito por uma sociedade livre, nos possibilitou enxergar o mundo de uma nova forma, conhecer outros caminhos de sucesso, e um deles está centrado no liberalismo econômico, que ecoa a simples e pura frase:
“O que eu faço com meus dinheiro é problema meu!”. E não de um místico estado, um semi-deus, responsável pelo seu destino. Ainda iremos descobrir que ele mais atrapalha do que ajuda.
Vamos então elencar nossos inimigos? Claro, vamos começar pelos maiores algozes, que se utilizam da demagogia e do falso messianismo, como portadores de todas as soluções para o seu dia a dia, como se você mesmo não fosse capaz de resolver seus problemas. Para isso eles tomam nosso capital, levam para Brasília, distribuem entre eles primeiro, depois jogam migalhas para nos controlar.
Se você tem nojo, ranço, ojeriza, quando escuta nomes como Michel Temer, Luís Inácio Lula da Silva, Aécio Neves, Dilma Rousseff, Sérgio Cabral, Antônio Carlos Magalhães, Sarney, Romero Jucá, Renan Calheiros, José Dirceu, estamos no mesmo barco, o seu inimigo é o estado e as pessoas que o formam.
Se nossos mais expoentes empresários são construídos pelo estado como Joesley Batista, Eike Batista, Marcelo Odebrecht, Camargo Corrêa, Mendes Júnior e você não suporta ver seus impostos para obras superfaturadas, ternos de 500 mil reais, empréstimos levianos do BNDES, sim leitor, nosso inimigo é o estado e as pessoas que se associam a ele para enriquecimento ilícito.
Se você não aguenta mais ver Gilmar Mendes soltando bandido, nosso judiciário improdutivo, com farras de super salários, e salários 3 a 4x maior que seu par na iniciativa privada. Ou se revolta quando seu filho passa 5 anos estudando uma faculdade de direito para sair ganhando R$ 1.500,00 (que poderiam ser R$ 2.550,00 se não fossem os custos trabalhistas) e trabalhar 8-10 horas por dia e um recém entrante no setor público ganhar R$ 7.500,00 e trabalhar apenas 6 horas por dia…. Complicado, é mais triste do que imaginei antes de iniciar esse texto, mas só fortalece a argumentação que o inimigo é o estado.
Se estamos cansados de ser mal atendidos por por funcionários públicos, que criam a dificuldade para vender a facilidade através da pequena rede corrupção de favores, taxas, papeis, autenticações e que, além de tudo, são pagos com nosso dinheiro e não podemos fazer simplesmente nada contra isso, pois há estabilidade por fazer parte de uma elite, ,ais uma vez, o inimigo é o estado.
Se não queremos ter empresas como a Petrobrás, Caixa, Banco do Brasil, Correios, Eletrobras, Furnas e inúmeras outras instituições, criadas com seu dinheiro, para seu suposto benefício, sendo geridas exclusivamente para os próprios interesses dos políticos, seu inimigo é o estado.
Por Rafael Canguçu