Momentos de estresse, nervosismo e ansiedade, não são fáceis de lidar. Diante dessas situações, muitas vezes, recorremos ao hábito de roer as unhas, e de maneira desapercebida essa ação se torna um meio de escape frequente e vicioso. O que muita gente não sabe é que essa ação considerada pequena, pode ser extremamente prejudicial à saúde, podendo afetar toda região bucal.
De acordo com o Ministério da Saúde, Onicofagia é o nome técnico dessa mania, que segundo o dentista Sidnei Goldmann, quando considerado vício, pode desgastar, lascar ou fraturar os dentes, chegando inclusive a machucar a gengiva.
O dentista explica que apesar de não parecer, a unha é muito suja, e cheia de bactérias, que podem influenciar inclusive, na quebra dos dentes.
Sidnei conta alguns fatores que levam a pessoa a roer as unhas: “Às vezes a pessoa é envergonhada, estressada ou [tem] um tique nervoso. Com isto esta pessoa começa a morder a unha para relaxar”. Porém, ao invés de ajudar, o doutor afirma que ao fazer essa ação, o indivíduo além de ficar com a mão feia, acaba por transferir as bactérias da boca para a mão, de modo que diversas doenças podem ser geradas através desse contato direto dos dedos da mão na boca, que são causadas por fungos, bactérias e até vírus.
O bruxismo, que é o ato de ranger ou apertar os dentes, também é intensificado com esse hábito, além de estar relacionado a fatores psicológicos como a ansiedade.
De acordo ao dentista, podem haver casos mais graves em que a pessoa pode chegar a perder a unha e ficar com os dedos deformados por conta dessa compulsão.
Apesar dessa série de problemas relacionados a esse mau hábito, Sidnei Goldmann esclarece que há alternativas para se controlar e suavizar este tipo de problema: “Tem pessoas que põem faixas na mão [ou] uma fitinha no dedo para lembrar que não pode roer unha”, e alerta: “É importante as pessoas mais próximas sempre estarem policiando estas pessoas, sempre avisando quando elas tiverem com a mão na boca”, indica.
Para o dentista outro fator importante é trabalhar na conscientização e orientação desse paciente, além de ser oferecido um auxílio conjunto a um psicólogo para atuar nessa terapia, visto que, na maioria das vezes essa compulsão é relacionada a problemas psicológicos.
Confira o áudio com a reportagem de Cintia Moreira: