O Novo, como ficou conhecida a legenda, foi criado por 181 pessoas em 2011. Saiu do papel, de fato, apenas em setembro de 2015, quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concedeu seu registro. Quando surgiu, o partido chamou a atenção por não utilizar dinheiro público e se manter apenas de doações de seus filiados, muitos dos quais ligados ao mercado financeiro.
É o caso do próprio Amoêdo, banqueiro, engenheiro, administrador de empresas primeiro presidente da legenda. Com 19.023 filiados, a legenda elegeu quatro vereadores em sua primeira campanha política, em 2016. Os eleitos foram empossados em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. Bandeiras.
O Novo é considerado um partido liberal, de direita. Defende o Estado em áreas como educação, saúde, segurança e política monetária, mas é a favor da privatização de estatais, como a Petrobras e o Banco do Brasil. No campo moral, o partido é favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e dá a seus candidatos a prerrogativa de se posicionarem sobre temas como descriminalização do aborto e das drogas.
Para a cientista política da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), Maria do Socorro Braga, o Novo, assim como as legendas pequenas que apareceram nos últimos anos, “fará alianças com quem ganhar, independentemente do verniz ideológico”. “Eles são partidos satélites, precisam sobreviver”, completa.
O partido Novo saiu de sua primeira campanha presidencial sem levar para o segundo turno o seu candidato a presidente, o empresário João Amoêdo que ficou em quinto lugar na disputa. Mas a legenda conseguiu eleger oito deputados federais e avançou para o segundo turno na eleição para o governo de Minas Gerais.
Na Bahia, a candidata a deputada federal, Priscila Chammas,recebeu 33.649 votos, ficando na posição 280 em um universo de 473 candidatos.
Em São Paulo, o Novo elegeu três deputados federais. Em Minas, foram outros dois. O partido também conseguiu uma cadeira na Câmara dos Deputados no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Na disputa pelo governo de Minas, o candidato do partido, o empresário Romeu Zema Neto, surpreendeu e terminou o primeiro turno na liderança. No próximo dia 28, ele vai enfrentar o senador Antonio Anastasia (PSDB) para decidir quem será o novo governador do estado. (UOL)