Prefeitura reajusta pagamento das empresas Rosa e Atlântico. Média fica em R$ 2,5 milhões mensais
Em nota divulgada à imprensa a Prefeitura de Vitória da Conquista disse que desde a entrega, há um ano, da Estação Herzem Gusmão, desembolsou, em média R$ 2,5 milhões por mês para manter o que chama de “promoção temporária”, que baixou a passagem de R$ 3,80 para R$ 2,00 no cartão Bem Simples ou Vale Transporte e R$ 2,50 para pagamento em dinheiro.
Ainda de acordo com o governo Sheila Lemos, “até que ocorra a licitação, que se encontra em fase de modelagem e aguardando a tramitação do projeto de lei encaminhado à Câmara Municipal, com mudanças que asseguram mais segurança jurídica ao sistema de transporte público, a Prefeitura de Vitória da Conquista continuará a garantir o transporte público, um serviço de natureza essencial para a população”.
A Prefeitura opera o sistema, diretamente, por meio de ônibus alugados, até a realização de nova licitação que, segundo a mesma, seja vantajosa para as contas do Município e para o bolso do cidadão.
A Prefeitura afirma que “hoje, na situação em que está, com os custos altos e ainda uma quantidade de passageiros além do ideal, considerando, ainda, a atual conjuntura econômica do país, a licitação só atrairia empresas interessadas se a tarifa ficasse em torno R$ 6,50, sem subsídio público”.
Para a prefeitura, a passagem a mais de 6 reais seria um valor estratosférico, “que o Governo Municipal não admite”, diz
Ainda na nota, o governo afirma que, mesmo sem nem mesmo ter a licitação pronta, faz uma incansável busca por meios que garantam o equilíbrio econômico financeiro dos futuros contratos de concessão e um valor de passagem que possa ser pago pelos usuários e administrado sem impactos maiores nas finanças da Prefeitura.
Necessidade de reajuste dos contratos
Para manter o transporte coletivo urbano funcionando, com 147 ônibus e 47 linhas, a Prefeitura alugou os serviços das empresas Viação Rosa a Atlântico Transportes, por 180 dias (seis meses), podendo ser os contratos ser revogadas no caso de homologação da licitação.
Os contratos somados chegam a aproximadamente R$ 58 milhões por ano.
A Prefeitura disse que em razão da guerra na Ucrânia, da política de preços da Petrobrás e do aumento na inflação, o diesel, fonte energética do transporte público urbano, sofreu “absurdo aumento de 32,6%”, desde de janeiro deste ano e que pela primeira vez na história brasileira. o diesel assumiu o topo da pirâmide da cadeia de custos do transporte público, representando cerca de 35,77%, ultrapassando os gastos com pessoal, elemento que mais pesava no preço da passagem.
Os demais insumos, como pneus, também aumentaram, bem como a necessidade de garantir às empresas margem para negociação salarial dos rodoviários, nos termos do artigo 624 da CLT, o que obrigou a uma atualização dos valores dos contratos com as empresas Viação Rosa e Atlântico.
Ainda de acordo com o Prefeitura, “sem a atualização dos valores dos contratos, as empresas não teriam condição de continuar prestando o serviço, inviabilizando a operação de suas atividades, bem como forçando a Prefeitura a reduzir o número de ônibus, com prejuízos à população.