A Feira Literária de Mucugê (FLIGÊ), que acontece até este domingo (18), no município de Mucugê, na Chapada Diamantina, tem sido marcada pelo protagonismo dos estudantes da rede estadual de ensino. Os alunos apresentam suas criações nas distintas linguagens, seja por meio de saraus, exposição de artes visuais ou do relato de experiências vividas a partir de projetos científicos em sala de aula. Por todos os lados, eles também marcam presenças em oficinas, workshops, mesas redondas e vivenciam um ambiente que promove o conhecimento a partir da arte literária.
O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, falou sobre o impacto deste tipo de vivência no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. “Este é o momento de interatividade com a literatura e o aprendizado cultural. Um ambiente para que os estudantes possam acessar e fortalecer a cultura como ferramenta pedagógica. Assim, além das oficinas e dos workshops, podem apresentar o resultado dos diversos projetos estruturantes de arte e cultura desenvolvido nas escolas, como música, literatura, artes visuais, poesia e cinema”, avaliou.
O Colégio Estadual Horácio Matos foi um dos espaços abertos para a FLIGÊ. Entre as atividades, os estudantes tiveram a oficina de história em quadrinhos, desenvolvida pelo Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC), e os workshops “Produção textual para multimeios” e “Fotografia como estratégia de letramento”, com educadores da Plataforma Anísio Teixeira.
Na mesa redonda “Meninas na Ciência”, duas jovens puderam inspirar as colegas com seus trabalhos no programa Ciência na Escola, desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado. “Foi por meio do trabalho desenvolvido na escola que consegui participar das principais feiras de ciências do Brasil, e, agora, estou indo para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes graças ao Governo do Estado. Por isso, os jovens têm que aproveitar as oportunidades,” destacou a ex-estudante Bruna Palmeira, do Colégio Estadual Eurides Santana, em Poções.
Na música, a estudante Tamiles Santos, 17, do Colégio Estadual José Américo Araújo, em Itaitê, ficou contente de apresentar sua canção “Porque sou baiana” na FLIGÊ. “Pela primeira vez tive a chance de tocar e tudo isso devido ao Festival Anual da Canção Estudantil (FACE), que ganhei, no ano passado, no colégio. É muito bom apresentar para os meus colegas e os visitantes da feira”, afirmou.
Já sua colega Evelyn Queiroz, 18, também do José Américo, foi convidada mais uma vez para apresentar sua poesia. “Participei, no ano passado, e tive a oportunidade de fazer mais uma apresentação. Com minha poesia “O Brasil que eu não quero”, tenho a pretensão de falar sobre o problema do racismo, inspirando meus amigos a não aceitarem essa situação”, disse.
A FLIGÊ é realizada em parceria entre o Instituto Incluso, o Coletivo Lavra e o Governo do Estado da Bahia, por meio de diversas secretarias, como as da Cultura e Educação, e com o patrocínio do Governo Federal. A FLIGÊ conta, na sua programação, com uma série de atividades voltadas para os estudantes da rede estadual de ensino, como oficinais e workshops, com destaque para o protagonismo estudantil nas diversas áreas do conhecimento. Na oportunidade, os alunos também apresentam produções artísticas de sua autoria, criadas nos projetos estruturantes de cultura nas escolas, envolvendo música, teatro e poesia.