Uma série de grafites que coloriam o extenso muro da Central de Equipamentos do Deserg – Departamento de Serviços Gerais da Prefeitura de Vitória da Conquista, foram apagados por tinta branca. O trabalho deletado tinha a proposta de modificar o cenário urbano da cidade com mensagens de cidadania e até uma homenagem ao cineasta conquistense Glauber Rocha. O espaço foi cedido na gestão petista.
Nas redes sociais o idealizador do projeto, o cantor Nagib Barroso, lamentou, “foi uma luta aproximar os artistas da periferia com a administração.Me lembro que eu buscava os meninos, no Bruno Bacelar, Patagônia, Aparecida e almoçava com eles por lá, ficamos muito próximos”, escreveu.
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História – O grafite reflete a realidade das ruas e foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo e está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. O grafite é considerado uma forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos. Reflete a realidade das ruas.
Recentemente o prefeito de São Paulo, João Dória,mandou apagar os murais da Avenida 23 de Maio que abrigavam desenhos de grafiteiros e pichadores e se viu envolto em uma polêmica. Autorizadas pela gestão de Fernando Haddad (PT) em 2015, as pinturas eram chamadas pela gestão anterior de “maior mural de grafite a céu aberto da América Latina”. Após a repercussão, a prefeitura se comprometeu a criar novos espaços para os grafiteiros. As pichações, no entanto, continuam sendo combatidas.
Nossa reportagem entrou em contato com Secretaria de Comunicação para saber o motivo da ação, mas não obtivemos resposta.
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