ICON promove palestra sobre alimentação saudável na prevenção contra o câncer colorretal para alunos de gastronomia

Uma palestra promovida pelo ICON – Oncologia e Medicina Especializada – levou informações aos alunos do Instituto Gastronômico das Américas (IGA – Vitória da Conquista) sobre a relação entre a alimentação saudável e a prevenção ao câncer colorretal.
O evento, que aconteceu nesta segunda-feira (27), contou com as participações da médica oncologista Ingrid Marques e a nutricionista, Dra. Lívia Cunha.
O câncer colorretal é um dos mais frequentes na população brasileira. Nas mulheres, é o 2º mais comum e nos homens, ocupa a 3ª posição. (FONTE: INCA)

Dra Ingrid Marques (de branco), oncologista e Dra. Lívia Cunha, nutricionista
De acordo com a Dra. Ingrid Marques, oncologista do ICON, é importante monitorarmos nosso intestino e levar a sério súbitas alterações. “O intestino lento ou constipação é um dos sintomas de câncer de intestino. O mais importante é você ficar atento ao seu ritmo intestinal habitual, mudou, você já tem que ligar a lanterninha e fazer uma avaliação médica. Mas a constipação por si só já é um fator de risco”, alerta.
Dra. Ingrid explica que a famosa “prisão de ventre”, eleva o risco do câncer colorretal, uma vez que o bolo fecal fica por mais tempo circulando no intestino. “Isso aumenta a absorção de substâncias tóxicas, inclusive substâncias cancerígenas”, diz a médica.
Uma alimentação saudável melhora o rítimo intestinal
Aumentar a ingestão de frutas, verduras, legumes e grãos é uma excelente forma de manutenção do intestino saudável. “Não apenas no almoço, aquela porção pequena, mas é fazer com estes alimentos façam parte do seu hábito alimentar mesmo. Outra coisa é diminuir o consumo de carne vermelha, o máximo recomendado é 2 vezes por semana. Variar a fonte de proteína: frango, peixe, ovos, também vai ajudar a diminuir o risco de câncer de intestino”, diz a oncologista.

Setembro Verde: ICON leva à sociedade informações sobre a prevenção do câncer de intestino
O consumo saudável de carne vermelha é de 500g por semana e a bebida alcoólica, em excesso, também é fator de risco. “No churrasco a gente acaba consumindo muito mais do que 500 gramas em um único dia, inclusive a região de maior incidência (de câncer de intestino) é o sul, que tem a cultura de consumo de carne, de churrasco”, pontua Dra. Ingrid.
Para a nutricionista Dra. Lívia Cunha, reservar tempo para uma comida caseira e saudável é investimento. “É preciso ter cuidado para não abusar de alimentos industrializados, processados ou ultraprocessados. A gente tem que achar um tempo para cozinhar ou então buscar alguém para fazer nossa comida, separar por dia da semana e poder se alimentar bem. O intestino é o nosso segundo cérebro, ele sente em relação ao que a gente come, se a gente tem uma boa alimentação, nosso intestino vai funcionar bem”, pondera. “Quem não tem tempo pra saúde, vai ter que arrumar tempo pra doença”.
Diagnóstico precoce: Colonoscopia
Além de ficar atento ao comportamento do nosso intestino e cultivar habitos alimentares saudáveis, não podemos abrir mão de exames, entre eles, a colonoscopia. O diagnóstico precoce está associado a até 90% de cura.
“A colonoscopia de rastreamento tem que ser feito a partir dos 45 anos, mesmo que a pessoa não tenha sintomas”, diz Dra. Ingrid Marques. “É um exame que ainda existe muito preconceito associado, por ser feito via retal. A gente tem que esquecer isso. É invasivo, mas sem risco de complicações posteriores. Rápido, indolor, feito com anestesia. É como se fosse uma endoscopia, só que em vez de ser via oral é via retal”, diz a oncologista do ICON.
“Cancer silencioso”
Entre os alunos de gastronomia, estava presente Márcia Valsecchi, uma mulher que venceu o câncer colorretal. “Me pegou de surpresa. O câncer de intestino é silencioso. Eu já estava com ele e não sabia, não sentia nada, não tinha nenhum sintoma. Quando eu fiz o exame de colonoscopia fui diagnosticada com um tumor maligno. Meu processo foi cirúrgico e graças a Deus consegui ser curada. Fiz meu tratamento todo na Icon e aconselho as pessoas que cuidem do intestino. porque às vezes temos o intestino preso e achamos que isso é normal e vamos deixando, mas isso é uma coisa muito séria”, recomenda Valsecchi.

Márcia Valsecchi: “Precisamos cuidar do nosso corpo. Se alguém estiver lendo agora estiver passando por isso, saiba que tem cura sim. Não desistam, podem seguir firme que vai dar tudo certo” – Márcia Valsecchi”
Márcia afirmou ao nosso blog que se tivesse feito a prevenção anteriormente e cuidado da alimentação, provavelmente não teria desenvolvido o tumor maligno. “Eu tinha o intestino lento e achava que era normal, porém comecei a me sentir fraca e quando fui fazer meus exames de rotina, estava com anemia profunda. Eu tinha um sangramento oculto e a gente não percebia e com sangramento ocorreu a anemia profunda”, conta Márcia.

Duda: Trocar ‘fast food’ por arroz, salada e grelhado.
Abaixo o Fast Food
Maravilhada com a palestra e super animada, conhecemos também nesta palestra a simpática cozinheira profissional e futura “chef”, Duda Bonfim, que alerta sobre os perigos da alimentação “fast food”.
“Estamos vivendo hoje um momento de muita aceleração,vida acelerada, comida acelerada, então as pessoas partem para os enlatados, fast food, sendo que uma simples porção de arroz branco, um macarrão, uma salada e um grelhado, a gente come muito melhor, de maneira saudável. Se colocar na ponta do lápis, fica muito mais barato do que o seu fast food”, sorri a entusiasmada Duda.
Reportagem e fotos: Caique Santos
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