A noite de 24 de dezembro de 2024, véspera de Natal, marcará para sempre a memória de um pai, Alexandre Rangel. Ele viu sua filha, Juliana Leite Rangel, de 26 anos, ser baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias, Rio de Janeiro.
De acordo com informações do G1, Juliana estava a caminho da casa de parentes em Itaipu, Niterói, acompanhada por seu pai, Alexandre Rangel, de 53 anos, que dirigia o veículo, além de outros familiares. Segundo Alexandre, ao ouvir a sirene da viatura da PRF, ele sinalizou que iria encostar o carro, mas os policiais já saíram do veículo atirando. Ele afirmou: “Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”
‘Pensei que era bandido atirando, porque um policial não iria fazer isso’, diz pai de jovem baleada durante abordagem da PRF em rodovia do RJ
Juliana foi socorrida e levada ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, onde passou por cirurgia. Seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Alexandre também foi atingido na mão esquerda, mas sem gravidade, recebendo alta na mesma noite.
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A PRF informou que a Corregedoria-Geral determinou a abertura de um procedimento interno para apurar os fatos e que os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais. A instituição lamentou profundamente o ocorrido e afirmou que a Coordenação-Geral de Direitos Humanos está prestando assistência à família de Juliana. A Polícia Federal também instaurou um inquérito para investigar o caso, realizando perícia no local e apreendendo as armas dos policiais envolvidos.
Nota da PRF
“Na manhã desta quarta-feira (25), a Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília/DF, determinou abertura de procedimento interno para apuração dos fatos relacionados à ocorrência da noite de ontem, na BR-040, em Duque de Caxias/RJ. Os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais.
A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana.
Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso.”
Nota da PF
“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais.
Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”
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