Segue a nota: A Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Vitória da Conquista vem a público manifestar-se sobre o caso
amplamente divulgado de homofobia ocorrido em uma unidade da rede Giraffas, localizada em um shopping
da cidade, que resultou na condenação da empresa Mississipi – Comercial de Alimentos e Bebidas Ltda. ao
pagamento de uma indenização por danos morais.
“Essa decisão é uma vitória importante, mas também um lembrete doloroso de quanto ainda precisamos
avançar para garantir um ambiente de trabalho livre de preconceitos e violência. O caso desse atendente é
um reflexo do que muitas pessoas LGBTQIA+ enfrentam diariamente: a desumanização e o questionamento
constante de sua dignidade simplesmente por serem quem são. É inadmissível que ainda hoje, discursos
homofóbicos e ameaças sejam tolerados em qualquer espaço, especialmente no ambiente de trabalho, que
deveria ser um lugar de respeito e oportunidades iguais.
A Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Vitória da Conquista reafirma o compromisso em lutar contra qualquer
forma de discriminação. A sentença que condena a empresa é um passo importante, mas precisamos de mais
do que reparação; precisamos de prevenção! É fundamental que empresas, instituições e a sociedade como
um todo adotem políticas claras de combate à LGBTfobia, promovendo a inclusão e o respeito.
Estamos lutando por um futuro onde ninguém mais precise enfrentar humilhações como essa. Não vamos nos
calar, não vamos recuar e seguiremos firmes por justiça, respeito e igualdade.”
Anderson Rocha /Coordenador da Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Vitória da Conquista
ENTENDA O CASO
De acordo com o atendente, ele foi contratado para trabalhar na franquia da rede Giraffas localizada no shopping Conquista Sul. Durante o período de experiência, foi alvo de preconceito quando um colega afirmava que a empresa precisava de “homens de verdade” chegando a ser ameaçado de agressão. Após ser dispensado, ele ingressou com uma ação na Justiça do Trabalho, pedindo indenização por dano moral e o reconhecimento de dispensa discriminatória.
Versão da empresa
Uma testemunha ouvida no processo justificou o uso da expressão “homens de verdade” como referência a tarefas mais pesadas do estabelecimento. Ela também admitiu ter ameaçado bater no atendente em treinamento após saber que ele teria se recusado a realizar uma atividade. A testemunha relatou que foi advertida verbalmente por um superior por esse episódio de ameaça.