Silencioso, o câncer de pulmão é a principal causa de morte relacionada à doença no mundo desde 1985, sendo o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apenas em 2020, o Brasil registrou 30 mil novos casos e 29 mil mortes pela doença e, de acordo com estimativas do Inca, até 2024 mais de 30 mil brasileiros serão diagnosticados anualmente com câncer de pulmão.
Também é importante destacar o cenário pandêmico e os reflexos da Covid-19 sobre o tema. Um estudo recente da Fiocruz em parceria com a Unicamp revelou que cerca de 35% dos fumantes brasileiros aumentaram o consumo de cigarros durante a pandemia, fato que potencializa a importância da conscientização sobre o combate ao fumo.
“Mais de 85% dos cânceres de pulmão estão relacionados ao hábito de fumar. Ainda há uma parte considerável da população que faz uso de cigarros e afins no Brasil, inclusive os mais novos com o uso do narguilé”, enfatiza o cirurgião torácico do Instituto Conquistense de Oncologia (Icon), Dr. Rafael Sodré. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que, uma sessão de narguilé pode equivaler à exposição de componentes tóxicos presentes na fumaça de 100 cigarros.
CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO
Conscientizar a população sobre a necessidade primordial de mudança dessa realidade é o símbolo deste mês de agosto, em que se comemora o Agosto Branco e, no dia 29, o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O cirurgião do Icon ressalta que um dos principais desafios em relação à doença é o diagnóstico precoce, e que a principal forma de prevenção contra o câncer de pulmão é não fumar.
E, para pacientes já diagnosticados com a doença, o cirurgião aponta os melhores caminhos: “oferecer o melhor tratamento possível no momento do diagnóstico, desde tratamentos com quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia até cirurgia. Lembrando sempre do envolvimento do time multidisciplinar na tomada de decisões”, finaliza.
Agência vOceve – Assessoria de Imprensa | Icon